Flamengo entra em buraco sem fim
Terminado o primeiro tempo de Palestino 0, Flamengo 0, uma pergunta sobrevoava do Chile ao Brasil: o que acontece com o estrelado time carioca incapaz de boas atuações desde o fim do Carioquinha em que se sagrou campeão invicto?
Ao fim dos 45 minutos só Cebolinha merecia destaque, porque quase entregou um gol aos chilenos, que Rossi evitou, e quase fez o gol rubro-negro, neutralizado pelo goleiro adversário.
No intervalo Tite deve ter perguntado aos seus jogadores se eles estavam de brincadeira.
Grato por ter sido recuperado pelo treinador, Cebolinha resolveu incendiar o time e o Flamengo passou a desperdiçar chances uma em cima da outra, a maior delas, inacreditável, com Bruno Henrique.
Sob chuva, em estádio vazio, fazer pelo menos um gol era obrigatório.
Só que quem fez foi Cornejo, ao pegar, da meia-lua, de primeira, rebatida da zaga brasileira, no ângulo de Rossi: 1 a 0, aos 63.
Imediatamente Allan e Bruno Henrique saíram para Gabigol e Luiz Araújo jogarem.
Parecia um pesadelo, quando, aos 70, Luiz Araújo tirou tinta da trave. Daí já não parecia, era mesmo.
Com calma, dava para tempo para virar.
Ouvia-se a torcida do Flamengo. Xingando Wesley.
Ayrton Lucas entrou no lugar de Viña, aos 75.
E Varela no de Wesley, a quarta troca.
Faltava botar Zico, mas Rodolfo Landim decretou o seu fim.
Porque Gabigol, livre, na marca do pênalti, cabeceou o empate para fora, aos 81.
O salário de De La Cruz paga toda a folha chilena e o Flamengo perdia, como se caído num buraco sem fim, com areia movediça em que o peso da camisa só fazia afundar mais e mais.
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Quero receberNem contra a Croácia, no Qatar, o semblante de Tite parecia tão desalentado.
O que acontece?
Culpa dele? Dos jogadores? Dos cartolas?
Seja de quem for, provavelmente de todos, fato é que o time está em terceiro lugar num grupo que parecia ser moleza.
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