Juca Kfouri

Juca Kfouri

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

O Real Madrid não perde nem par ou ímpar

Quanto mais o Bayern Munique criava belas oportunidades de gol, quanto mais prensava o Real Madrid contra as cordas, quanto mais Sané desperdiçava duas chances, mais perto estava o gol.

O gol espanhol, bem entendido.

Quem conhece, sabe.

Assim foi até a metade do primeiro tempo quando Tony Kroos, ex-Bayern, deu uma enfiada de bola espetacular para Vinícius Júnior sair na cara de Neuer e completar a primeira finalização madridista no clássico de 20 títulos europeus — 14 espanhóis e seis alemães.

Primeira finalização e primeiro gol, bem entendido.

O Real Madrid saía na frente em Munique.

Porque joga reativamente?

Não.

Porque sabe atrair os adversários, deixá-los gostar do jogo e, quando se sentem confortáveis, castigá-los.

Continua após a publicidade

É até cansativo?

É.

Pois os outros também têm o direito de ganhar.

Coisa que o Real não nega, mas impede.

Fazer o quê?

Se o Manchester City, que lhe é superior, não pôde, quem poderá?

Continua após a publicidade

O choque nos frios e persistentes alemães durou até os 40 minutos, quando tiveram a possibilidade de empatar em cobrança de falta por Harry Kane.

Faltava o segundo tempo e os alemães não desistem nunca, como se sabe.

Aos 52 minutos, com os merengues melhores, Sané arrancou pela direita e soltou uma bomba no canto que o ucraniano Lunin aceitou no canto apesar da violência: 1 a 1.

Aí, os alemães enlouqueceram. E se eles calmos são perigosos, enlouquecidos são insuportáveis.

Aos 55, pênalti em Musiala.

Kane bateu e virou: 2 a 1.

Continua após a publicidade

Só aos 63 minutos, em jogo disputadíssimo e limpíssimo, Kroos deu em Kane e recebeu o amarelo, diante de exatos 75 mil torcedores.

O Real sentiu e passou a se defender mais que atacar, longe, porém, de entregar os pontos, com aquela segurança irritante de quem desconhece o impossível.

Carlo Ancelotti trocou Bellingham pelo feiticeiro Luka Modric e Kroos por Brahim Díaz.

Na primeira bola do croata ele achou Vini e Neuer evitou o empate.

Thomas Müller saiu para Gnabry jogar, para fazer o gol que Thomas Tuchel previu.

Aos 81, de Vini para Rodrygo, na área, e pênalti no ex-santista, cometido pelo coreano do sul Kim Minjae.

Continua após a publicidade

Coube ao ex-rubro-negro cobrar diante do extraordinário Neuer, que foi buscar a bola no fundo da rede: 2 a 2.

O Real Madrid se recusa a perder e não se fala mais nisso.

Na quarta-feira que vem, às 16h, tem mais, no Santiago Bernabéu.

Quem ganhar estará em Wembley para disputar a final.

Você vai perder?

O Real Madrid não.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes