Morumbisonolento!
A primeira estocada mais séria, aos 27 minutos, foi de Gustavo Gómez, em cabeçada violenta que Rafael neutralizou com grande defesa.
O Morumbi lotado teve a má notícia da lesão em Pablo Maia no treino de ontem e viu Bobadilla em seu lugar.
O São Paulo lutava com o coração na ponta das chuteiras.
O Palmeiras tentava jogar, se impor com a bola no chão.
Choque-Rei truncado, futebol pobre, mais guerra que bola, outra decepção como em Palmeiras x Flamengo.
O 0 a 0 do primeiro tempo refletia a má partida e servia também como nota para os dois times.
Dezesseis faltas, 9 a 7 para os verdes, dois cartões amarelos para cada lado, apenas uma finalização entre as traves, a cabeçada de Gómez.
Convenhamos, é pra lá de pouco.
O segundo tempo começou o Palmeiras disposto a não dar pelota por estar jogando em terreno hostil e foi para cima do São Paulo.
Todas as divididas eram verdes.
Nem quando atacava o Tricolor incomodava e Wellington se machucou, aos 8 minutos, trocado por Michel Araújo.
Também Abel Ferreira mexeu, ao tirar Flaco López por Lázaro.
Aos 10, o menino Endrick roubou a bola do veterano Arboleda e entregou para Lázaro fazer o gol sem goleiro, mas Alisson salvou.
Treta entre Murilo e Calleri resultou em mais dois amarelos.
No doping da torcida, o São Paulo buscava equilibrar. E equilibrava, a ponto de, com o calcanhar, Calleri coroar contra-ataque na trave.
Newsletter
OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberFerreirinha estava no lugar de André Silva, Rony no de Endrick, Luiz Guilherme no de Estêvão, Luis Zubeldía e Abel Ferreira não paravam.
Michel Araújo pôs o São Paulo na frente em cartões : 4 a 3, mas tinha jogo, longe de ser bom, ao menos mais insinuante.
Mayke e Vanderlan também entraram, nos lugares de Marcos Rocha e Piquerez.
O clássico permanecia com a feia cara do 0 a 0 e o Palmeiras parou de jogar, intimidado com a reação são-paulina.
Até James Rodriguez entrou, aos 39, no lugar de Luciano, diante de quase 56 mil torcedores que faziam o barulho que podiam, mesmo frente a um jogo monótono.
Aos 90 minutos, eram 30 faltas, uma a cada três minutos, se a matemática não me falha, e mais seis minutos de acréscimos.
É claro que, como Fagner, como Felipe Melo, como tantos, Abel Ferreira também levou seu habitual cartão amarelo.
E assim terminou o Choque-Rei, mais para plebeu que para monarquia.
Deixe seu comentário