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PSG 4 x 0 Barça: o que Roger quer usar como exemplo para seus jogadores

Di Maria, do PSG, ajudou a roubar bolas e deixou o Barça, de Neymar, desconcertado - CHRISTOPHE SIMON/AFP
Di Maria, do PSG, ajudou a roubar bolas e deixou o Barça, de Neymar, desconcertado Imagem: CHRISTOPHE SIMON/AFP

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

16/02/2017 04h00

Na terça-feira o Paris Saint Germain impressionou com a goleada por 4 a 0 sobre o Barcelona, no jogo de ida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Para quem acompanha e estuda futebol, a atuação do time francês foi exemplar. Domínio total sobre uma das equipes mais tradicionais da Europa e recheada de craques. Messi, Neymar e Suárez estavam em campo, mas pouco conseguiram jogar.

Marcação avançada no campo do adversário, pressão na saída de bola e muitas tabelas para chegar ao gol do Barcelona. Um resumo simples do que o PSG apresentou no Estádio Parque dos Príncipes, em Paris. Destaque para os jogadores mais ofensivos. Cavani, Draxler e Di Maria, que fizeram todos os gols, sendo dois deles do argentino.

É óbvio que todo o treinador de futebol deseja ver sua equipe atuar como o PSG diante do Barcelona. Mas uma estatística do time francês chamou a atenção. O número de bolas roubadas ou interceptadas pelos jogadores mais avançados. Algo que o técnico Roger Machado, do Atlético-MG, deseja ter em seu time.

“Quando os jogadores da frente são responsáveis por 30% das bolas roubadas ou interceptadas, a vitória fica mais próxima. Isso eu já mostrei aos meus jogadores, com números do próprio Atlético, no ano passado. Quando tiveram um número significativo de interceptações ou roubadas de bolas, o time venceu”, comentou o treinador atleticano, após o triunfo por 3 a 0 sobre o Uberlândia.

Considerando os números passados por Roger Machado, foi o que fez o PSG. Ao marcar Barcelona no campo de ataque, o time francês roubou muitas bolas, no total 31, contra 18 do rival espanhol. Bolas interceptadas foram 24. No total foram 55 vezes que o Barcelona não conseguiu sair jogando por pressão do PSG, sendo 13 delas com jogadores que atuam mais avançados. Ou seja, perto dos 30% informados por Roger.

“Quando o jogador da frente tem bons números de bolas roubadas ou interceptadas, ele também costuma ir bem com assistências ou gols. Mostrei para eles os números do Atlético em 2016”.

Mas entre querer o time jogando bem e fazer o time jogar bem, existe uma grande distância. É preciso trabalhar muito. E isso Roger Machado tem feito com os jogadores na Cidade do Galo. O próximo passo é tentar melhorar o rendimento da equipe alvinegra. O volante Rafael Carioca elogiou o trabalho do treinador atleticano. É verdade que o Atlético de 2017 ainda não tem uma grande atuação, mas o camisa 5 ressalta a segurança da equipe em campo. Com apenas cinco partidas na temporada, Rafael Carioca diz que o Atlético vai melhorar.

“A confiança voltou. Eu, falando de mim, me sinto muito mais seguro do que ano passado. A gente vê toda a hora, um perto do outro. Tenho o Elias, o Otero, o Cazares perto de mim. O Roger conseguiu rapidamente organizar o time. A tendência é melhorar”.