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Jogadores do Atlético saem em defesa de Roger e eximem treinador de culpa

Roger Machado foi elogiado pelos jogadores do Atlético-MG após derrota para o Libertad - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Roger Machado foi elogiado pelos jogadores do Atlético-MG após derrota para o Libertad Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Do UOL, em Belo Horizonte

20/04/2017 11h00

A expectativa em torno do Atlético-MG para a temporada 2017 era alta antes da bola rolar. Apontado como um dos principais elencos do futebol brasileiro e com a chegada de Roger Machado, considerado um técnico promissor, muito se espera da equipe alvinegra neste ano. No entanto, passados 18 jogos, a sensação é que falta muito para o Atlético ter condições de brigar por títulos.

Perder para o Libertad, no Paraguai, com apenas quatro chutes durante os mais de 90 minutos de jogo, foi algo que incomodou bastante o torcedor atleticano. A derrota por 1 a 0, pela Libertadores, se somou a outros vários jogos em que o Atlético jogou mal. O segundo tempo do empate com a URT, pela semifinal do Campeonato Mineiro, é um exemplo.

Com um time que oscila muito e tem dificuldades para bater adversários inferiores tecnicamente, Roger Machado já começa a ser pressionado pela torcida. No domingo passado, no Mineirão, contra a URT, o treinador foi chamado de burro pela primeira vez desde que chegou à Cidade do Galo.

Os jogadores, no entanto, fazem questão de tirar qualquer responsabilidade do técnico. “O Roger é um dos melhores treinadores que eu já trabalhei. É da nova geração, que vem buscando seu espaço. Aquilo que ele vem mostrando nesses três meses que estou trabalhando com ele é uma pessoa muito bem capacidade para dirigir qualquer clube do mudo. Por ser um treinador novo, as pessoas não têm muita paciência, mas isso precisa mudar no Brasil. Posso falar pelo Tite, que foi eliminado pelo Tolima, na Libertadores, mas ficou e ganhou o Brasileiro e depois ganhou tudo”, comentou o volante Elias, que projeta uma melhora do Atlético.

“É um trabalho que está começando agora, tem de ter paciência, tem de ter calma. Os objetivos principais foram alcançados, que era ser primeiro no Mineiro, brigando pela Libertadores e classificado na Primeira Liga. A gente sabe que o rendimento está irregular. Não está durante todas as partidas, durante todos os minutos jogados, mas a gente sabe que o trabalho está mais bem feito, tanto da parte do Roger quanto dos jogadores. Acho que falta apenas uma faísca para o time acender de vez”, completou.

Assim como Elias, outros jogadores elogiariam Roger após a derrota para o Libertad e tiraram da conta do treinador qualquer culpa pelo resultado no Paraguai e pelo rendimento abaixo do esperado em muitos jogos da temporada 2017. “Ficamos bem frustrados, pois a gente reconhece que podemos dar um pouco a mais para o Roger, que está fazendo um excelente trabalho”, comentou o atacante Fred.

Só que elogios podem não ser suficiente para dar a tranquilidade que Roger Machado precisa. Vencer e fazer o Atlético convencer é o que treinador busca nos próximos dias para afastar a pressão que está cada vez maior. No que depender dos jogadores, o treinador vai ter esse suporte para desenvolver o trabalho que faz na Cidade do Galo.

“Os treinamentos são top. Não tenho nada para falar do treinador, o melhor que já tive na minha carreira. Eu acho que o problema é nosso, dos jogadores. Não sei o que está acontecendo, pois a gente joga bem e depois tem jogo que não vamos bem. Temos de ter essa regularidade para jogar sempre.  Não é culpa do treinador, a culpa é nossa, que está dentro do campo”, completou o meia Otero.

Passado o jogo da Libertadores, com o Libertad, o próximo compromisso do Atlético é pelo Campeonato Mineiro, com a URT. Neste domingo, às 16h, o time alvinegro recebe a equipe de Patos de Minas no Independência. Como fez a melhor campanha da primeira fase e empatou o jogo de ida, no Mineirão, em 1 a 1, o Atlético precisa apenas do empate para chegar à final.