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Fla troca futebol bonito por 'deixou chegar' e vai à 7ª final de Copa BR

Rodrigo Mattos e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/08/2017 04h00

Um Flamengo mordido chegou à sétima final de Copa do Brasil na história. Ganhou três títulos (1990, 2006 e 2013), perdeu em 1997, 2003 e 2004 e tem a chance do tetracampeonato nos dias 7 e 27 de setembro, quando decide a segunda competição mais importante do país contra o Cruzeiro. A vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo marcou a troca do futebol bonito pelo lema do “deixou chegar”, tradicional na Gávea em momentos de mata-mata.

O Flamengo tem na Copa do Brasil a oportunidade de erguer uma taça importante e carimbar de forma antecipada a vaga na próxima Copa Libertadores. Se em boa parte da temporada o time priorizou o futebol bonito e trabalhou na tentativa de envolver os adversários, os jogos contra o Botafogo mostraram uma equipe movida pela vontade e sem a preocupação de mostrar algo capaz de encantar o torcedor. A prioridade é vencer, principalmente conquistar.

Apesar da jogada mágica de Berrío no gol de Diego, o Flamengo de Reinaldo Rueda esteve longe de empolgar até o momento. A eficiência, no entanto, surgiu como algo inquestionável. É assim que os jogadores pretendem conduzir as duas partidas decisivas.

“A nossa equipe iniciou com a expectativa alta. É diferente de um time no qual o que vier é lucro. Não trocaria essa realidade. Conquistamos na vontade e com muita disposição essa vaga na final, não foi apenas com a qualidade”, afirmou Diego.

O experiente zagueiro Juan, que completou 300 jogos com a camisa rubro-negra, deixou claro que alguns fatos motivaram o time antes dos jogos contra o Botafogo. O Flamengo não era visto como favorito absoluto por alguns críticos e a desconfiança era grande para a sequência do ano.

“Analisam mais pelo momento do time, não levam em conta o histórico de quem está aqui e o fato de que o clube costuma crescer em final. Disse aos jogadores no primeiro jogo que o nosso momento havia chegado. Essa chance não poderia passar”, comentou.

A prova da motivação rubro-negra veio na recuperação de Guerrero, que se “internou” no CT Ninho do Urubu e foi para campo depois de sofrer com uma lesão de grau 2 na coxa direita. No fim, recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora do primeiro jogo da decisão.

“Fiz um esforço grande. Treinei sábado e domingo. Sempre achei que daria. Não senti nada. Na segunda e na terça foi mais forte para recuperar fisicamente e deu tudo certo. Terminei o jogo sem dores. O Flamengo mereceu”, encerrou.