De volta à zona da degola, São Paulo se agarra em eficiência na bola parada
O São Paulo voltou à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro no último domingo (20). Empatou por 1 a 1 com o Avaí fora de casa, na Ressacada, mas foi ultrapassado pela Chapecoense, que bateu o Palmeiras em São Paulo e ainda tem um jogo a menos – enfrentará o Corinthians na quarta-feira (23), em Chapecó, em partida que havia sido adiada. A situação do time do Morumbi no certame nacional é ruim, mas poderia ser ainda pior. Em busca de uma sequência que afaste a ameaça de descenso para a segunda divisão, a equipe tricolor tem motivos suficientes para apostar na bola parada.
Foi assim, a partir de bola parada, que o São Paulo anotou oito de seus últimos dez gols no Campeonato Brasileiro. A sequência coincide com o retorno de Hernanes – revelado no Morumbi, o meio-campista voltou ao time paulista nesta temporada e tem cinco gols em cinco partidas. “Quanto à minha chegada, acho que não foi só isso. É um conjunto”, ponderou o jogador em entrevista coletiva no último domingo, em Florianópolis.
Desde a entrada de Hernanes no time, o São Paulo marcou com a bola rolando apenas no jogo contra o Botafogo – vitória por 4 a 3 no Rio de Janeiro, com virada nos minutos finais. Marcos Guilherme anotou após lançamento longo, e o próprio Hernanes também balançou as redes num lance que não surgiu com a bola parada.
Os seis gols que o São Paulo anotou em sequência surgiram de pênalti (três), escanteio (dois) e falta (um). Graças a esse expediente os paulistas construíram os quatro pontos conquistados no segundo turno do Campeonato Brasileiro (três contra o Cruzeiro e um contra o Avaí).
“Nós temos de fazer uma análise geral e perceber que quatro pontos em dois jogos... não tem mamata, irmão. É sempre jogo duro”, ponderou Hernanes.
Por um lado, os gols de bola parada mostram que o São Paulo ganhou força no fundamento – tem um cobrador mais eficiente e tem conseguido se aproveitar disso. Por outro, há uma questão sobre o deserto criativo da equipe tricolor.
Esse, aliás, é um dos principais pontos que o técnico Dorival Júnior tem a resolver ainda em 2017. Contratado para substituir Rogério Ceni, que estava na equipe desde o início da temporada, o comandante tricolor chegou a nove partidas no último domingo e agora soma três vitórias, três empates e três derrotas (aproveitamento de 44,44%). Seu antecessor tinha 49,5% em seis meses (14 vitórias, 13 empates e dez derrotas).
No Brasileiro, Ceni obteve apenas 33,3% de aproveitamento (três vitórias, dois empates e seis derrotas). O empate contra o Avaí fez com que o São Paulo de Dorival superasse a campanha do antigo treinador no Nacional, mesmo com menos jogos (11 contra nove).
O São Paulo de Dorival, portanto, é superior ao desempenho de Ceni no Brasileiro, mas ainda está longe de ser uma equipe regular ou transmitir confiança. A ameaça de rebaixamento ainda existe, e o principal motivo para ela não ser maior é que, graças a Hernanes, a bola parada pode salvar.
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