Presidente do Inter vê estado anímico como problema: "Time amarrado"
A leitura de que o Internacional paga um preço alto pela inexperiência é geral no Beira-Rio. Nesta sexta-feira (30), Vitorio Piffero engrossou o coro de que o atual problema do time é anímico e não técnico. Para o presidente, a equipe vem mostrando evolução a despeito das seis derrotas consecutivas e já está perto de deixar de ter ‘jogadores presos’.
“Nós estamos extremamente preocupados, o time está amarrado, os jogadores estão presos. E vamos mudar isso, mudar com o torcedor no estádio Beira-Rio”, disse Piffero no programa 'Donos da Bola', da TV Bandeirantes de Porto Alegre.
Em outro trecho da participação, o dirigente esmiuçou a formação do elenco e apontou a imaturidade e falta de jogadores mais experientes como o eixo do problema atual. Com 27 pontos, o Internacional é 18º colocado no Campeonato Brasileiro.
"Nós fizemos uma alteração muito forte no futebol do Internacional. Um rejuvenescimento da equipe, com aproveitamento expressivo das categorias de base. E deixamos de lado contratações de jogadores experientes para fazer um mix. Tivemos sucesso até a sétima rodada do Brasileiro, fizemos contratações que precisavam esperar a janela (de transferências). Basicamente foi isso. O estado anímico como um todo atrapalhou muito. Acho que, eu como responsável, rejuvenesci demais a equipe", afirmou.
A queda de produção ocorreu ainda no primeiro tempo e o Inter chegou a ficar 14 rodadas sem vitória. Depois de ganhar do Santos, contudo, não embalou. E tem apenas um triunfo em 19 partidas do Brasileirão. A diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento, justamente o rival da partida deste sábado, o Figueirense, é de quatro pontos.
"O Internacional não vai baixar a cabeça. Iminência de rebaixamento é quando se está no último jogo. Agora não, temos 11 jogos. Temos que recuperar o anímico", comentou. "Nós queremos resolver logo, não vamos deixar chegar aos últimos jogos", completou.
Citação ao rival
Durante a longa entrevista, Vitorio Piffero ainda citou o Grêmio. Questionado sobre a postura de não pronunciar a palavra rebaixamento até recentemente, o dirigente se explicou lembrando das quedas do rival (em 1992 e 2004) para a segundona.
"Evidentemente que a gente se preocupa pela situação do time. Obviamente. Mas não é uma mensagem que a gente possa passar ao torcedor, não estamos acostumados com isso. Falei de coração aberto no Conselho Deliberativo e alguém gravou e jogou nas redes sociais. O nosso coirmão foi rebaixado duas vezes, nós não fomos nenhuma vez", afirmou.
Mais adiante, Piffero foi questionado se a decisão de não usar a palavra rebaixamento poderia ser uma negação da realidade e rebateu.
"Desculpe, uma coisa é olhar internamente. Participar internamente (...) Externamente, sempre na minha carreira como dirigente, digamos assim,, eu não me refiro ao rebaixamento por não fazer parte do cotidiano do Internacional. A situação (agora) sim, mas é fato. Eu falo a realidade (dois rebaixamentos do Grêmio e nenhum do Inter). Falar a realidade é ser arrogante? Então eu sou arrogante", acrescentou.
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