Botafogo pode manter técnico e diretor após queda. Mas tem uma exigência
A nova diretoria do Botafogo se reuniu na última semana com o técnico Vagner Mancini e o diretor de futebol Wilson Gottardo. Se após a vitória de Carlos Eduardo Pereira, o pensamento era de fazer uma verdadeira limpeza no futebol, hoje a situação é diferente. Após o encontro, o treinador e o dirigente convenceram a cúpula alvinegra de que a dupla não tinha culpa no rebaixamento da equipe. Isso, inclusive, fez com que a não renovação do contrato, algo que já estava decidido, sofresse uma reviravolta.
O Botafogo ainda não se decidiu de manterá Vagner Mancini a frente do time. Mas uma exigência é certa caso o profissional seja mantido como treinador do Alvinegro: a redução salaria. Com vencimentos na casa dos R$ 150 mil, o técnico terá que aceitar receber aproximadamente R$ 100 mil, valor considerado justo pela nova diretoria e que será utilizado na manutenção ou contratação de um novo comandante – em um primeiro contato, Mancini se mostrou disposto a conversar sobre um corte na verba mensal.
Pesa contra a permanência de Mancini o fato de a relação do treinador ter se desgastado com alguns atletas nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Um grupo de jogadores diz que o técnico sempre transfere a culpa para o grupo e não assume suas responsabilidades. Mesmo que haja uma renovação completa no plantel, a situação deixou a diretoria com pé atrás, com medo que isso possa se repetir com um novo elenco em 2015.
A situação de Wilson Gottardo é muito semelhante. O diretor de futebol conta com a simpatia dos novos integrantes da diretoria, mas consideram os cerca de R$ 70 mil de salário alto para alguém que está iniciando na função. A redução no vencimento do dirigente seria menor que a do treinador e as partes ainda não avançaram nesse sentido. Incialmente, o ex-zagueiro é quem tem mais chance de permanecer em General Severiano em 2015.
Nem mesmo o bate-boca via imprensa com Jefferson pesou contra Gottardo, já que ele e o goleiro seguiram trabalhando normalmente. A relação respeitosa entre as partes fez com que a nova diretoria tivesse maior liberdade para fazer suas escolhas. O camisa 1 e capitão do Botafogo é prioridade da nova diretoria, que descarta liberar o jogador sem o pagamento da multa rescisória.
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