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Presidente do Fla se revolta com polêmica no STJD: 'tentativa de golpe'

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/12/2013 13h41

Na última terça-feira, o Flamengo emitiu uma nota ratificando a tranquilidade em relação à polêmica pela suspensão de André Santos no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Menos de 24 horas depois, no entanto, o clima tranquilo deu lugar a uma revolta pelo caso.

Em entrevista à rádio BandNews, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, deixou clara toda sua indignação com o caso e falou até mesmo em um “golpe” contra os princípios. Ainda assim, o mandatário fez questão de ressaltar que confia que o Flamengo não será punido.

“Nem vamos falar de queda, porque tenho certeza que nada acontecerá. Mas meu sentimento é de indignação. Estávamos em uma tentativa de moralizar o esporte e, de repente, vemos uma tentativa de golpe contra os princípios éticos e morais que deveriam reger o esporte”, disse Bandeira de Mello.

“Temos razão nesse caso. Não houve nada errado. Admitindo que os membros do Tribunal entendam que Portuguesa e Flamengo erraram, não existe nada, nem ninguém que obrigue a perda de pontos. Foram jogos praticamente amistosos, ninguém se beneficiou da escalação desses jogadores. Confio na decisão do STJD, mas temos que nos perguntar qual é a definição de Justiça Desportiva. Ela deve trabalhar para que os interesses esportivos se sobreponham a outros interesses. É uma situação extremamente desagradável”, completou.

O mandatário rubro-negro ainda falou em falência do STJD caso outros interesses estejam acima dos esportivos.

“Vejo com espanto. Juridicamente estamos corretos. Para mim, a falência da Justiça Desportiva é justamente a hora em que outros interesses passam por cima dos interesses esportivos. Temos que dar exemplos. Que imagem queremos passar do nosso futebol para o mundo num momento em que os olhos estão voltados para cá? Que o mundo é dos espertos?”, desabafou Eduardo Bandeira de Mello.

Em Assunção, no Paraguai, para o sorteio dos grupo da Copa Libertadores de 2014, o presidente do Flamengo afirmou ainda que não consegue pensar em outras coisas por conta da polêmica desta semana no STJD.

“Sorteio? Espero que transcorra em paz e que a gente venha a ter um grupo que não nos obrigue a viagens longas. Mas nem consigo pensar em outras coisas num momento desses”, encerrou.

André foi punido com um jogo de suspensão em julgamento da última sexta-feira no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por conta da expulsão na final da Copa do Brasil, no dia 27 de novembro, e entrou em campo no dia seguinte.

O clube entende que o lateral esquerdo já teria cumprido a pena na partida contra o Vitória, realizada no sábado (30 de novembro) seguinte da decisão.

"Se o Flamengo escalou o André Santos, é porque sabia que ele estava regular. Vamos defender nossos argumentos", disse, rapidamente, o advogado do clube, Michel Assef Filho, na última terça-feira.

Tapetão

  • Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

    - PORTUGUESA PODE PERDER 4 PONTOS: O meia Héverton foi punido pelo STJD com dois jogos de suspensão, cumpriu apenas um e entrou em campo contra o Grêmio pela última rodada do Brasileirão. A Lusa alega que só tinha conhecimento da suspensão de um jogo para o armador.

    - FLAMENGO PODE PERDER 4 PONTOS: O lateral André Santos deveria cumprir um jogo de gancho por conta da expulsão na final da Copa do Brasil. Ele ficou fora do jogo contra o Vitória, antes do clube ser notificado oficialmente da suspensão. Mesmo após o clube ser avisado pelo STJD, ele entrou em campo normalmente contra o Cruzeiro.

    - VASCO PODE TOMAR 3 PONTOS DO ATLÉTICO-PR: O Atlético-PR ganhou do Vasco por 5 a 1, mas a partida precisou ser interrompida por 73 minutos por conta de uma briga de torcedores. Como o regulamento da CBF prevê paralisação de apenas 60 minutos em um jogo, a equipe carioca quer ser declarada vencedora nos tribunais.

    - CRUZEIRO PODE PERDER 3 PONTOS: O campeão brasileiro levou para o banco de reservas contra o Vasco o goleiro Elisson, que não teria um contrato vigente com a equipe mineira.