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Em corrida maluca, Ocon vence e Hamilton retoma ponta do Mundial de F1

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/08/2021 12h08Atualizada em 01/08/2021 17h36

Geralmente conhecido como um das etapas mais tediosas da Fórmula 1, o GP da Hungria de 2021 foi dos mais caóticos e espetaculares capítulos da categoria. No fim, o francês Esteban Ocon, da Alpine, saiu vencedor pela primeira vez em sua carreira.

Na pista, ele foi seguido por Sebastian Vettel, da Aston Martin, um tetracampeão mundial que conquistaria seu segundo pódio na temporada. Acontece que o alemão acabou desclassificado pela direção de prova por ter acabado a corrida com um volume de combustível inferior ao exigido por regulamento.

Com isso, após uma corrida maluca e confusa, Lewis Hamilton herdou a segunda posição, para retomar a liderança do Mundial de pilotos. Ele agora está oito pontos à frente de Max Verstappen.

O caos da etapa húngara teve acidente de "boliche" na primeira curva —nas palavras de Charles Leclerc—, bandeira vermelha, e uma nova elargada com apenas um carro. Uma dinâmica improvável que interferiu totalmente na prova de Hamilton, que largou na pole, perdeu várias posições na volta da paralisação e, numa prova de recuperação, subiu ao pódio.

Max Verstappen, que teve que lidar com problemas no carro causados pelo acidente na primeira volta, terminou na nona colocação, conseguindo ao menos dois pontos que pode ser importantes no campeonato.

A Fórmula 1 agora entra em férias de três semanas e volta no final de semana do dia 27 de agosto, com o GP da Bélgica.

Um começo daqueles

A corrida já escreveu sua história na primeira curva. Debaixo de chuva, Bottas largou muito mal, sendo superado por quatro carros. Na freada para a curva, sem aderência, o finlandês acertou a traseira de Lando Norris, que foi jogado em cima de Verstappen. O holandês da Red Bull ainda conseguiu voltar para a pista, mas com muitos danos no carro e na 13ª colocação.

Além de Bottas, Sérgio Pérez, Leclerc e Stroll viram a corrida acabar logo nos primeiros metros, e a corrida foi interrompida com a bandeira vermelha. A parada deu a oportunidade da Red Bull trabalhar no bem danificado carro de Verstappen, abusando das fitas adesivas e famosas "gambiarras".

Relargando... sozinho?

Quando a pista foi reaberta ,o clima já tinha mudado. Hamilton se alinhou para a largada com seus pneus intermediários, enquanto todo mundo foi para os boxes para colocar pneu de pista seca. A cena foi estranha e custou cara para o piloto inglês.

A estratégia da Mercedes foi equivocada, e Hamilton teve que parar após a primeira volta, caindo para a 14ª e última colocação. Esteban Ocon tomou a ponta da prova, seguido por Vettel e Latifi.

Briga boa lá atrás

Acostumados com a parte da frente da corrida, Verstappen e Hamilton seguiram a disputa lá atrás, tendo que brigar por posições com Mick Schumacher sem que a Haas fosse retardatária.

Na 20ª volta, Hamilton foi para os boxes e colocou pneus duros. Dessa vez a Mercedes acertou, já que o inglês conseguiu ficar à frente de Ricciardo e Verstappen quando eles voltaram dos boxes na volta seguinte.

Depois da parada, Hamilton começou a acumular voltas mais rápidas e ganhar posições, chegando ao quinto lugar na volta 32. Enquanto isso, Verstappen sofria atrás de Ricciardo, na 12ª posição.

Disputa interessante

Na 37ª volta, após a parada de Vettel, a Alpine ficou com as duas primeiras posições. Depois de sair dos boxes, Ocon tinha Vettel colado, travando uma boa batalha de parciais para tentar impedir que o alemão usasse a asa móvel num circuito de poucos pontos propícios para a ultrapassagem.

Alonso, que voltou a liderar um GP após sete anos, foi para os boxes na volta 40 e voltou em quinto, rendendo mais uma posição para Hamilton. Porém, o espanhol começou a registrar as voltas mais rápidas, encostando no inglês e fazendo a Mercedes reconsiderar e chamar o piloto para mais uma troca de pneus.

Uma velha rivalidade

Enquanto Ocon e Vettel faziam uma disputa particular interessante pela ponta, a coisa esquentou logo atrás. Carlos Sainz viu Alonso se aproximar na briga pelo pódio. Embutido no espanhol veio Lewis Hamilton, e então pudemos aproveitar uma belíssima antiga rivalidade.

Hamilton e Alonso tiveram uma das batalhas mais bonitas da temporada a partir da volta 56, com o espanhol conseguindo defender a posição após duas investidas que pareciam definitivas do inglês.

O espanhol acabou frustrando os planos de Hamilton, que tinha a possibilidade de chegar até mesmo a brigar pela vitória. A ultrapassagem saiu apenas na volta 65, quando Alonso errou a curva e a Mercedes se aproveitou para saltar para a quarta posição.

Hamilton ainda foi para cima da Ferrari de Carlos Sainz, tomando o pódio da equipe italiana, para somar mais pontos valiosos na disputa com Max Verstappen pelo título do Mundial.

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