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'Quero deixar um pouco de lado a Fórmula 1 e seu ecossistema', diz Alonso

Alonso diz que quer deixar F1 de lado por um tempo e experimentar outros campeonatos, como Daytona e o Rally Dakar - James Moy Photography/Getty Images
Alonso diz que quer deixar F1 de lado por um tempo e experimentar outros campeonatos, como Daytona e o Rally Dakar Imagem: James Moy Photography/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

05/05/2020 19h17

O bicampeão de Fórmula 1, Fernando Alonso, afastado da categoria desde 2018, em sua última passagem pela McLaren, disse em uma live no perfil do Instagram das 24 Horas de Le Mans, que seu retorno a F1 pode ser não acontecer no momento pelo adiamento da mudança de regras para 2022 e por querer aproveitar outros campeonatos, como Daytona, Le Mans e o Rally Dakar.

"É uma pergunta que eu respondo desde 2018. Quero experimentar algo diferente, como a WEC (Campeonato Mundial de Endurance), Daytona, Dakar e deixar um pouco de lado a Fórmula 1 e seu ecossistema. Sempre disse que as novas regras da F1 poderia ter fome de correr novamente, mas elas foram adiadas para 2022. Espero anunciar logo o que farei ano que vem."

Nas mudanças do regulamento, algumas visam o melhoramento dos carros, como novas rodas de 18 polegadas com display de LED, novas entradas de ar para aumento de performance, redução de atualizações nos carros, peças padrão, menos desgaste dos pneus, teto de gastos das equipes em U$S 175 milhões (R$ 976 milhões na atual cotação), dentre outras.

Alonso também disse estar muito feliz por seus bons resultados nas 24 Horas de Le Mans, onde já foi vencedor em 2018 e 2019 com a Toyota, ao lado do suíço Sébastien Buemi e do japonês Kazuki Nakajima.

"Sempre quis correr em Le Mans, mas minha experiência com a Toyota e as vitórias superaram tudo. Quando tenho a adrenalina e a emoção de Le Mans, o tempo de corrida é curto e você quer correr ainda mais. Foi uma experiência fantástica."

Ainda comentou das diferenças das corridas de Endurance e a Fórmula 1, onde uma categoria tem o foco mais em resistência e outra em rendimento.

"A condução é muito diferente. A F1 gira em torno de rendimento. É preciso fazer tudo perfeito, volta após volta. Na resistência é necessário ter bom equilibrio e confiabilidade: você não empurra o carro no seu limite verdadeiro em todas as curvas, ou você não toca todos os pianos. Também tem que ser mais instintivo porque você está dobrando entre carros em todas as voltas", concluiu.

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