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Despedida em Madri foi prévia de fortes emoções na reta final de Rafa

Banners caindo do alto da Caja Mágica para celebrar suas conquistas no Masters 1000 de Madri; uma arena lotada gritando "Rafa, Rafa, Rafa!"; mãe, irmã e esposa aos prantos na beira de quadra; cenas memoráveis no telão; e um belo discurso do Rei do Saibro, que fez sua última apresentação na capital espanhola nesta terça-feira, na derrota para Jiri Lehecka, nas oitavas de final do torneio. "Absolute cinema", já diria o meme. Veja um trecho abaixo:

Em Barcelona, não houve cerimônia. Nadal também se despediu lá, mas sem festa. Madri, por sua vez, caiu como um choque realidade para os fãs do espanhol. A reta final começou. Falta pouco. Emoções fortes estão por vir.

Ninguém sabe onde será a última partida. Roland Garros começa no fim deste mês. Depois, há Wimbledon e Jogos Olímpicos. Rafa também já declarou sua vontade de estar na Laver Cup, que acontece sempre depois do US Open. E não convém descartar uma derradeira competição em casa, já que as finais da Copa Davis serão em Málaga, na Espanha.

Uma aposentadoria na Laver Cup, quem sabe com Federer voltando à quadra para uma partida de duplas, teria algo de poético. Um final na Davis ou nos Jogos Olímpicos, talvez ao lado de Alcaraz, seria especial não só pelo aspecto tenístico, mas por uma metafórica passagem de bastão.

Um título em Roland Garros poderia igualmente ser um ponto final especial. Não, Rafa não mostrou nível de tênis para isso por enquanto. Em Barcelona e Madri, esteve razoavelmente competitivo, mas um tanto distante de Alcaraz, Sinner e alguns outros. No entanto, por mais que uma conquista pareça improvável a esta altura, nunca parece muito são duvidar de Nadal em Roland Garros.

O que quer que aconteça, onde quer que aconteça, Rafael Nadal inscreveu seu nome com tanta força nas tábuas que contam a história do tênis que um fim forte é inevitável. E se algo ficou claro com a pequena, mas bela cerimônia desta terça-feira em Madri, é que vai emocionar. Vai ser forte. Vai pegar. Vai doer. Mas, como em tantos instantes da carreira de Nadal, vai ser lindo e inesquecível.

Coisas que eu acho que acho:

- A falta de costume de se despedir provocou duas cenas deliciosas nesta terça. Na primeira delas, para quebrar o gelo do que viria a ser um discurso difícil, Nadal abriu com "Era brincadeira. Volto ano que vem." Veja abaixo.

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- Em outro momento, Rafa diz "nos vemos..." - como na habitual "nos vemos ano que vem", frase que repetiu durante toda a carreira - mas, desta vez, não encerra a frase. Acaba interrompido e deixa a sensação de que faltou algo.

- No momento, o plano de Nadal é jogar o Masters 1000 de Roma, que começa na próxima semana. Roland Garros ainda é dúvida. Rafa prometeu dar uma resposta após competir na capital italiana. Antes de jogar em Madri, o espanhol foi claro ao afirmar que, nestas condições físicas, não iria a Paris.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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