Szczesny mostra como um goleiro pode desequilibrar de formas diferentes

O futebol de hoje exige mais dinâmica e qualidade de jogadores de diferentes posições. Wojciech Szczesny não é um nome que parece só uma ''sopa de letrinhas'', é também um dos melhores goleiros do mundo. Provou isso ao ser desequilibrante na primeira vitória da Polônia nesta Copa do Mundo. Pegou pênalti, fez defesas importantes, e iniciou brilhantemente a jogada do gol que abriu caminho para o triunfo sobre a boa Arábia Saudita.

Os três pontos poloneses colocam a equipe europeia momentaneamente na liderança do Grupo C com quatro pontos. Agora torcerá por um empate entre Argentina e México para poder jogar pela igualdade na última rodada diante dos argentinos. Já a Arábia terá que provavelmente vencer o México se quiser se classificar na próxima quarta-feira.

Czeslaw Michniewicz fez três mexidas na equipe em relação à estreia. Frankowski, Bielik e Milik entraram. Kaminski, Szymanski e Zalewski saíram. O time foi montado num 4-4-2. Já Hervé Renard não teve o lateral Al Shahrani, Al-Burayk o substituiu na esquerda. Al Najei foi a opção para o meio em detrimento a Al Faraj. Al Tambakti, mesmo depois do ótima estreia contra a Argentina, foi sacado para o retorno de Al Bulayhi.

Não foi ''fogo de palha'' o que a Arábia Saudita fez na estreia contra a Argentina. Repetindo o mesmo padrão de marcação forte e compactação entre os setores, além de intensidade em todos os momentos, agressividade com a bola e organização nos movimentos, dominou a Polônia em quase todo o 1º tempo. Acabou saindo derrotada parcialmente com um gol de Zielinski, mas teve chances de fazer gols.

Szczesny não deixou! Defendeu um chute perigoso de Kanno aos 12' e o pênalti cobrado por Salem Al Dawsari nos acréscimos. Não satisfeito, levantou rapidamente e espalmou a batida forte de Al Burayk a queima-roupa, no rebote da penalidade. Ainda iniciou a bela jogada do gol polonês com um lançamento preciso para Cash. O lateral tabelou com Zielinski e cruzou. Lewandowski ajeitou para o camisa 20 marcar.

O gol marcado pelos europeus representou a fuga de um sufoco danado antes do intervalo. Lewandowski até teve uma boa chance aos 40' e Bielik cabeceou com perigo aos 25', mas o volume ofensivo dos sauditas foi maior. Agudos para buscar a meta rival, trabalharam com boas interações pelos lados do campo, sobretudo o direito, com Kanno, Abdullhamid e Al Buraikan.

Faltou calma no momento da definição. O ritmo altíssimo imposto pela equipe acaba contrastando com a frieza necessária para a melhor escolha de finalização ou último passe, e as chances reais de gol não foram tantas. Glik fez um belo jogo protegendo a área polonesa também. Cortou passes importantes e cruzamentos promissores.

Renard sacou Al Najei no intervalo e botou Al-Abed. Inverteu também o lado dos laterais. Ambos são destros. Na Polônia, Milik passou a recompor pela direita, formando um 4-1-4-1. O lado mais forte de ataque da Arábia passou a ser o esquerdo. Nasser Al Dawsari criou um belo ataque aos nove minutos, mas Szczesny mais uma vez fez boa defesa na finalização do camisa 10. Al Buraikan também perdeu boa chance.

A Polônia respondeu com duas bolas na trave. Lewandowski e Milik chegaram bem perto de ampliar. O camisa 7 voltou a fazer dupla de frente com Lewa apos a entrada de Kaminski no lugar de Zielinski. O time polonês conseguia produzir ao explorar os lados do campo ou passes nas costas da zaga saudita, por isso criava chances mais reais de gol.

A marcação polaca também melhorou, o que fez com que a seleção asiática só criasse novamente aos 35', em chute de Al Malki. O volante, porém, entraria para a história da partida de forma negativa um minuto depois. Ele marcou bobeira na saída de bola e perdeu para Lewandowski, que bateu firme para matar o jogo.