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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Everton Ribeiro: o Capitão que não se curvou ao capitãozinho

Éverton Ribeiro, do Flamengo, sorri durante final da Copa do Brasil contra o Corinthians - Thiago Ribeiro/AGIF
Éverton Ribeiro, do Flamengo, sorri durante final da Copa do Brasil contra o Corinthians Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL

01/11/2022 04h00

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A bisonha cena do - em breve, ex-presidente - Jair Bolsonaro (PL) recebendo a delegação do Flamengo no retorno de Guayaquil confirmou algo já percebido pelos mais atentos. Everton Ribeiro, assim como alguns de seus companheiros, não ofereceu o patético palanque facilitado pela diretoria do clube. Um exemplo de conduta num universo tão reacionário e despolitizado como o futebol.

E porque citar especificamente Everton Ribeiro? Durante todo o período de governo de Bolsonaro, não foram poucos os encontros forçados pelo presidente do Brasil ou arregimentados pela direção rubro-negra. Ao contrário de outros capitães do elenco, como Diego Ribas e Diego Alves, o camisa 7 nunca se deixou fotografar ou filmar ao lado do candidato derrotado nas eleições deste domingo.

Mesmo sem se manifestar de forma tão explícita, natural por estar inserido na realidade em que vive no futebol, Everton sempre deixou nítido quais eram suas opiniões sociais, mostrando total alinhamento ao que prejudica a maior parcela existente na torcida rubro-negra.

Um capitão de fato! Representa na braçadeira o cotidiano do seu povo!

Ele completará 34 anos em 2023 e tem contrato com o Flamengo até dezembro da próxima temporada, quando completará sete temporadas pelo clube. Ganhou quase todos os títulos possíveis como titular e é um dos protagonistas do time. Já está entre os principais jogadores da história rubro-negra. Seja pelo que faz dentro de campo ou pela postura fora dele.