Bragantino e Botafogo evidenciam regressão de desempenho na temporada

A vitória alvinegra em Bragança foi importante. O 1x0 recolocou o Botafogo na ''primeira página'' do Brasileirão, mas o rendimento foi preocupante. O Glorioso lutou! Não foi um time ''mole'', mas não criou quase nada, e deu sorte pelos impedimentos milimétricos em gols anulados do Bragantino. Já o Massa Bruta poderia ter empatado, mas não chega perto do time envolvente que já foi com Barbieri no comando.

O Botafogo nunca teve um desempenho altamente satisfatório na competição, mas não consegue ter o equilíbrio demonstrado em determinados jogos. Se busca um modelo mais ofensivo, é uma peneira na defesa. Se tenta um jogo mais reativo e direto, falta repertório com a bola.

Maurício Barbieri seguiu com o desfalque de Ytalo. Jan Hurtado teve seu contrato encerrado e Alerrandro foi o centroavante. Sorriso ganhou a vaga de Helinho na ponta-esquerda. Luis Castro novamente teve vários desfalques. Carli e Erison foram os mais sentidos. Philipe Sampaio seguiu na zaga e Victor Cuesta voltou, assim como o meia Lucas Fernandes. O esquema com três zagueiros foi mantido.

O 1º tempo foi muito disputado, mas o nível técnico e a criatividade ficaram em segundo plano. A única chance real de gol foi do Bragantino, em cabeçada de Alerrandro bem defendida por Gatito aos 24'. O Botafogo teve dificuldades de se estabelecer no campo de ataque, mas marcou forte, bloqueou as linhas de passe que o Bragantino costuma gerar naturalmente na intermediária rival. Competiu!

O time da casa mostrou-se ansioso e impreciso. Forçou algumas bolas em profundidade sem ter a condição correta para isso, precipitou cruzamentos da intermediária, e a zaga alvinegra rebateu quase todas. Cuesta e Hugo vigiaram bem Artur pelo lado esquerdo da defesa. Vinícius Lopes e Lucas Fernandes foram intensos ao descerem com os laterais paulistas, e a dupla de volantes foi firme na frente da defesa.

Kayque saiu lesionado logo aos 13 minutos e Del Piage o substiutiu, mas o Glorioso não sentiu tanto. No Massa Bruta, Luan Cândido era uma boa opção para gerar volume pela esquerda. Evangelista e Raul tentavam mover a bola com velocidade pelo meio e encontrar Alerrandro na frente. Sampaio e Kanu reagiam bem.

Com a bola, o Botafogo fazia ligações diretas e tentava ganhar as ''segundas bolas'' no meio para se fixar na frente. Os melhores momentos ocorreram quando Lucas Fernandes se aproximava do setor da jogada. Ele bateu de canhota da entrada da área com perigo aos 16', na principal jogada alvinegra. O Massa Bruta também mostrava concentração e intensidade para defender, amarrando ainda mais a partida.

Na 2ª etapa os espaços apareceram com mais frequência. Houve uma natural queda de intensidade das equipes no momento defensivo e o Botafogo se expôs em determinados momentos. Artur passou a incomodar e marcou um lindo gol por cobertura, mas o tento acabou anulado por impedimento. Em falta cobrada por Lucas Fernandes na área, na sequência, Léo Ortiz rebateu mal e Vinícius Lopes marcou.

O Bragantino ainda teve um outro gol anulado, aos 24', em bela cabeçada de Natan. Gatito fez excelente defensa em chute forte de Carlos Eduardo da entrada da área. Alerrando perdeu chance incrível embaixo da trave. Cabeceou pra fora um bom cruzamento de Miguel, e Helinho se envolveu em lance polêmico com Cuesta. O time da casa pediu pênalti, ele não foi marcado, e os três pontos foram pra conta dos cariocas.