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Bahia assume a ponta da Série B, mas desempenho segue inconsistente
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Pelo menos por pouco mais de 24 horas o torcedor do Bahia sentirá o gosto de liderar a Série B novamente. A equipe venceu a Ponte Preta por 2x1 na noite desta sexta, na lotada Fonte Nova, mas não jogou bem de novo. Teve imposição na metade de 1º tempo e caiu de rendimento. Chegou perto de perder os 100% dentro de casa na competição. No domingo, torcerá por uma vitória do Sampaio Corrêa contra o Cruzeiro em Belo Horizonte
Guto Ferreira não contou com Daniel, suspenso. E escolheu Warley para o seu lugar. Raí Nascimento e Rodallega seguiram fora. Hélio dos Anjos teve mais desfalques. Lucca, Fabio Sanches, Artur, Felipe Amaral e Norberto, todos titulares, não estiveram à disposição. O esquema escolhido foi o 4-1-4-1 e Matheus Anjos atuou mais adiantado.
O time da casa mostrou como explorar de forma perfeita a velocidade de seus homens de frente nos primeiros minutos. Se aproveitou de uma marcação em bloco médio dos visitantes e utilizou muitos passes longos nas costas da linha de defesa. Matheus Davó, Rildo ou Marco Antônio eram os alvos, e levavam vantagem em velocidade contra os defensores da Ponte.
As inversões de lado em diagonal a partir dos zagueiros, buscando o lateral do flanco contrário, também foram um precedente bastante utilizado, principalmente de Luiz Otávio para Douglas Borel. Outro ponto positivo do Tricolor inicialmente foi a marcação adiantada, tentando sufocar a saída de bola da Macaca. Com tanto repertório, intensidade, e volume, o gol não demoraria a sair.
Matheus Davó aproveitou saída em falso de Caíque França e marcou de cabeça após escanteio cobrado por Rildo. A dupla já tinha se envolvido em outras três jogadas de perigo nos 15 primeiros minutos. Rezende, após o gol de Davó, acertou o travessão em cabeçada. Parecia que seria um massacre baiano, mas o ímpeto caiu bastante, e os paulistas foram impondo a proposta que levaram para Salvador.
A Ponte não queria acelerar. Tentou trocar passes para frear a empolgação dos anfitriões, e conseguiu criar desta forma. Matheus Anjos se apresentava com bastante mobilidade na intermediária adversária. Não guardava posição pelo centro do ataque. Se mexia para os flancos, se aproximava de Echaporã e Danilo Gomes. Contava com movimentos de infiltração de Ramon e Léo Naldi para compensar essas flutuações.
O Bahia também teve uma queda na ''pegada'' para marcar. Começou a ser muito permissivo e quase levou o empate em algumas finalizações. Danilo Gomes foi o jogador mais perigoso. Fabricio e Echaporã também assustaram, mas faltou mais precisão.
As duas equipes mexeram no intervalo. Lucas Falcão entrou no lugar de Warley para reforçar a marcação do meio-campo tricolor. E na Macaca, Fessin voltou na vaga de Echaporã. O jogo não mudou em relação à metade final da 1ª etapa. A Ponte seguiu com a bola no campo de ataque, empurrando o Bahia pra trás e rondando perigosamente a área. Mas faltava contundência nas finalizações e no último passe.
O Bahia até encaixava alguns contra-ataques perigosos, mas sem regularidade, acabava sufocado, o que irritou bastante a torcida. Mesmo sem criar tanto quanto o domínio supunha, a Ponte chegou ao empate aos 30 minutos. Ramon serviu Jean Carlos com um belo passe e ele cruzou para Fessin marcar de perna esquerda.
A resposta foi rápida e protagonizada por dois atletas que saíram do banco para o campo. Gregory enfiou um passe primoroso para Vitor Jacaré entrar em diagonal por trás da zaga da Macaca e cruzar rasteiro para Davó marcar de novo. Não existe hora errada para sair um gol, mas ele veio no momento de maior adversidade do Bahia no jogo, com direito a muitos protestos vindos da arquibancada.
Olhar o futebol além do resultado final dos jogos é obrigação de quem trabalha seriamente com ele. Isso é fundamental para se aproximar da realidade e evitar grandes decepções. Certamente Guto Ferreira sabe que sua equipe precisa ser mais regular para se manter na zona de classificação para a Série A 2023. Já a Ponte aprendeu da pior maneira possível a importância de ser eficiente ao dominar uma partida.
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