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Coutinho: Especial Mundial de Clubes - Conheça o Al Hilal
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Depois de sabermos como ao Al Jazira joga, hoje é dia de mergulhar no saudita Al Hilal. O atual campeão da Champions League asiática está mais uma vez na competição e novamente conta com trunfos para surpreender. Entre eles um elenco muito bom no setor ofensivo e um técnico bastante cobiçado no Brasil nos últimos meses.
História
O Al Hilal é o maior clube da Arábia Saudita! Localizado na capital Riad, é o recordista absoluto de conquistas no futebol local com 17 títulos de Liga, 13 de Taça, e outros três de Super Taça. Venceu também a Champions Asiática quatro vezes, inclusive duas das últimas três edições. Disputará o seu segundo Mundial.
Foi fundado em 1957, possui a maior torcida do país, e foi eleito o melhor clube asiático do século XX pela Federação de História e Estatística do Futebol. O número de treinadores brasileiros na trajetória do Al Hilal é imenso. Zagallo, Joel Santana, Antônio Lopes e Sebastião Lazaroni são os mais famosos. Mas nomes como Marcos Paquetá e João Carlos Costa também passaram por lá.
Outro técnico festejado em solo brasileiro a treinar o time da capital é o português Jorge Jesus. Foi seu último clube antes da gloriosa passagem pelo Flamengo em 2019-2020. Rivellino, Giovanni(ex-Santos) e Thiago Neves já vestiram a camisa azul do Al Hilal.
Técnico
Leonardo Jardim é o responsável por comandar a equipe. O português foi especulado recentemente em alguns clubes brasileiros e possui o trabalho de maior sucesso da carreira no Monaco, quando foi campeão francês em 2016/2017.
Ficou sete temporadas no ''principado'' antes de rumar para a Arábia Saudita. Vai completar seis meses de trabalho em meio ao Mundial e já conquistou um título continental.
Momento
O Al Hilal chega com a moral elevada na competição. Sofreu só duas derrotas nos 19 jogos comandados por Leonardo Jardim. Apesar de empatar bastante e de vivenciar alguns problemas defensivos, tem deixado boas sensações quando exigido em desafios mais difíceis.
Ocupa a quarta colocação na atual edição da Liga Saudita, dez pontos atrás do maior rival, o Al Ittihad, mas o título da Champions League conquistado em cima do Pohang Steelers, em novembro, encaminhou a temporada. Foi dirigido pelo brasileiro Rogério Micale na 1ª fase da competição.
O clube foi campeão também da Super Taça da Arábia Saudita no mês de janeiro e está nas quartas de final da Copa do Rei local. O centroavante nigeriano Ighalo e o ponta brasileiro Michael, ex-Flamengo, são os reforços para a disputa do Mundial. O centroavante francês, Gomis, foi para o futebol turco. E o atacante Vietto para o Al Shabbab.
Brasileiros e Destaque
Como já citado acima, Michael será mais um brasileiro no elenco saudita. É provável que inicie como reserva do bom ponta Salem Al Dawsari, de 30 anos, que jogou a última Copa do Mundo e a Olimpíada de Tóquio. O outro atleta nascido aqui é o talentoso meia Matheus Pereira.
Matheus tem 25 anos e nasceu em Belo Horizonte, mas jamais jogou no futebol brasileiro. Deixou o país com apenas 12 anos e se formou nas divisões de base do Sporting(POR). Lá se profissionalizou, passou pelo Chaves, Nurenberg(ALE), e se destacou bastante pelo West Bromwich. Conseguiu um acesso à Premier League, seguiu jogando bem, e foi contratado pelo Al Hilal.
A principal esperança do clube neste Mundial é o atacante Moussa Marega. O malinês de 30 anos vive a sua primeira temporada no futebol asiático depois de quatro anos de sucesso no Porto. E não demorou a se adaptar! Já fez oito gols e deu três assistências em 19 jogos disputados. Atuou pelo lado ou como centroavante, função que deve fazer na competição. É um tanque!
Como atua
Um time de vocação ofensiva! Assim é o Al Hilal de Leonardo Jardim. Dominante dentro do seu continente, a equipe deverá ter pela frente o Al Jazira nas quartas de final, no próximo domingo, e certamente colocará em prática esse estilo. Se alcançar as semifinais a situação fica mais complicada e o técnico português terá que resolver detalhes importantes para encarar o Chelsea.
O foco do jogo do Al Hilal é o trabalho de bola pelo centro do campo. A dupla de volantes, Al Faraj e Kanno, reveza entre participar da ''saída de três'' entre os zagueiros e se posicionar mais à frente para distribuir as jogadas. As ações começam com eles, que ganham a companhia dos pontas e do meia Matheus Pereira à frente. Cuellar, ex-Flamengo, é reserva.
O brasileiro é o grande cérebro. Se posiciona muito bem entre as linhas para receber e acionar o centroavante, os pontas em profundidade, ou os laterais perto da área. Por mais que Al Faraj tenha qualidade no passe e Kanno dê muita dinâmica de movimentação, o diferencial do meio-campo saudita é o ex-jogador do West Bromwich.
Os pontas circulam por dentro e podem auxiliar Matheus entre as linhas ou atacar a profundidade por dentro da defesa rival. Em alguns casos, ficam abertos e deixam os laterais trabalharem pelo meio. O importante é preencher os setores, não importa qual seja o atleta.
Na frente, o centroavante, que deve ser Marega, joga entre os zagueiros e faz diagonais curtas. Há a possibilidade de o malinês atuar pela direita e Ighalo assumir a titularidade do comando do ataque. Neste caso, Carrillo sairia. Quando Gomis estava na equipe, isso aconteceu algumas vezes.
O principal desafio de Jardim é ajustar a parte defensiva. A equipe consegue encaixar boas pressões na saída de bola adversária. Induz o rival a determinados pontos do campo e sufoca, mas se isso não dá certo, demora demais a se recompactar e expõe o seu frágil miolo de zaga. As transições após perder a bola no ataque também precisam melhorar.
Se confirmar o favoritismo e encarar o Chelsea na semifinal, não pode nem pensar em repetir os problemas defensivos mostrados recentemente. Diante de um adversário mais qualificado, o potente contra-ataque da equipe seria a arma principal, desde que marque melhor do que vem fazendo.
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