Guia do Brasileirão 2021 - Chapecoense

O ''segundo time'' de quase todo brasileiro está de volta a Série A. Depois do rebaixamento em 2019, a Chapecoense venceu a Série B com uma grande campanha e apresentou números defensivos históricos. Apenas 21 gols sofridos em 38 rodadas. O técnico campeão, Umberto Louzer, foi para o Sport, e Mozart Batista dirigiria o Verdão na luta pela permanência, mas entrou em consenso com a diretoria e deixou o cargo depois de apenas oito partidas.

Com um bom trabalho feito desde o ano passado, a Chapecoense certamente tem o menor orçamento da 1ª divisão. Perdeu seu treinador e jogadores importantes da última temporada, mas aposta na sobriedade para se reafirmar no cenário nacional. A grande força está no ataque. Anselmo Ramon, que fez grande Série B, e o jovem Perotti, um dos artilheiros do país em 2021, prometem incomodar bastante os times de maior investimento.

Mesmo com uma ótima defesa em 2020, a Chape não era só um time defensivo. Tinha organização para atacar. Mozart já vinha colocando em prática um plano mais ofensivo, o que causava certa curiosidade para ver como o time se portaria diante de adversários mais potentes tecnicamente e também fora de casa. Fica agora a expectativa sobre o nome do novo treinador e qual filosofia implementará.

O time tem apresentado algumas dificuldades para manter a compactação e a agressividade ao pressionar a bola. Varia bons e maus momentos neste aspecto, o que pode causar problemas na Série A. O nível técnico da equipe está aquém da grande maioria dos adversários. Então é necessário se proteger melhor. Destaque para jovens revelados pelo clube. Além do centroavante Perotti, o zagueiro Tiago Coser, o lateral-esquerdo Busanello, o meia Lima e o volante Ronei chamam a atenção.

A Chape tem duas formas de sair jogando. Quando o adversário adianta a marcação, faz uma saída com quatro homens alinhados e os dois volantes logo a frente. Quando o rival recua o bloco, puxa um dos volantes, geralmente Léo Gomes, para fazer a saída entre os zagueiros. Espeta os laterais no campo de ataque e os meias/pontas abrem o corredor para a ultrapassagem deles. A prioridade é trocar passes curtos e o time circula bem a bola. Olho em Anselmo Ramon, que oferece constantes apoios na intermediária e auxilia na construção ofensiva.

Como os gols saem

Fase ofensiva/ataque apoiado - 35%

Contra-ataque - 29%

Bola parada aérea - 20%

Bola roubada ou recuperada no ataque - 13%

Fase ofensiva/ataque direto - 3%

Como leva os gols

Transição defensiva - 53%

Bola parada/aérea - 26%

Fase defensiva - 14%

Falta direta - 7%