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Rodrigo Coutinho

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Guia da Série B 2021 - Náutico

Colunista do UOL

27/05/2021 04h00

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Depois de um 2020 de decepções, o Náutico parece pronto para construir uma história diferente nesta temporada. Terminou na 16ª colocação na última Série B, não passou da 1ª fase da Copa do Nordeste e da 2ª fase da Copa do Brasil. O desempenho em 2021, porém, mostra que o Timbu pode sonhar com um retorno a elite do futebol brasileiro, algo que não ocorre há oito anos. Foi campeão estadual com muitos méritos!

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O Náutico do artilheiro Kieza
Imagem: Rodrigo Coutinho

O experiente Hélio dos Anjos foi mantido no cargo e conseguiu implementar uma proposta diferente desde fevereiro. O Náutico tem uma equipe bastante agressiva, sobretudo nos jogos em casa, e deve fazer dos Aflitos um aliado muito importante. Com a bola ou sem, tem conseguido períodos de domínio sobre os adversários, com uma linha de frente eficiente na hora de botar a bola na rede.

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O time-base do Náutico neste início de Brasileirão
Imagem: Rodrigo Coutinho

Kieza, Erick e Vinícius formam o trio mais avançado, auxiliados por Jean Carlos e Rhaldney vindos de trás, além dos apoios constantes dos laterais. Ao longo da carreira, Hélio montou muitos times mais baseados em contra-ataques, mas este Náutico foge a esta regra. Pode até adotar essa estratégia em determinados jogos ou momentos, mas em grande parte do tempo quer a bola para se estabelecer no campo de ataque.

Combinando com essa postura, sobe o bloco de marcação seguidamente, mostra coordenação para fazer isso, mas precisa ter atenção a três pontos. O primeiro deles é o nível de enfrentamento que teve no Estadual em comparação a Série B. Não conseguiu se classificar para a Copa do Nordeste ou Copa do Brasil em 2021, então só jogou o Pernambucano. Grande parte dos jogos contra equipes bastante frágeis.

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Time todo do Náutico basicamente no campo de ataque, pressionando a saída adversária. É um movimento padrão do time em casa
Imagem: Rodrigo Coutinho

O segundo ponto é a diferença de intensidade que costuma apresentar entre o 1º e o 2º tempo. E o terceiro é o sistema de coberturas na defesa. Quando recua a marcação, acaba dando alguns espaços pelos flancos. Com a posse, joga com aproximação pelo meio, abrindo o corredor para os laterais e utilizando muitos homens para atacar a profundidade. É extremamente vertical!

Como faz os gols

Fase ofensiva/ataque apoiado - 43%

Bola roubada ou recuperada no ataque - 18%

Bola parada aérea - 18%

Contra-ataque - 14%

Fase ofensiva/ataque direto - 7%

Como leva os gols

Fase defensiva - 36%

Bola parada aérea - 21%

Transição defensiva - 21%

Bola perdida na defesa - 14%

Falta direta - 8%