Quem pode ser contra o VAR?

Dois lances claros de bola na mão fora da área foram absurdamente transformados em pênaltis na última rodada do Brasileiro. O primeiro, no jogo das 11 horas da manhã, entre Palmeiras e Cruzeiro, não chegou a influenciar decisivamente no resultado, já que os paulistas (vítimas do erro) venceram por 3 a 1; já o segundo, na partida entre Internacional e Vitória, garantiu uma vitória injusta do Colorado. É incrível que ainda haja (e o pior é que existe) gente contra o VAR! Se estivesse sendo utilizado, certamente, nenhuma das duas penalidades máximas teriam sido confirmadas.
Houve ainda pelo menos dois outros lances extremamente polêmicos nos jogos de domingo. O primeiro gol do São Paulo, marcado por Diego Souza em clara posição de impedimento, e o altamente discutível pênalti para o Santos, garantindo o triunfo do time da Vila Belmiro, nos últimos lances do jogo contra o Atlético Paranaense.
Em ambos, rever a jogada por vários ângulos, certamente, teria ajudado a arbitragem a decidir melhor e com maior convicção. Poderia até confirmar o gol do tricolor paulista e o pênalti para os santistas, já que nas duas jogadas pode-se dizer que cabem interpretações subjetivas - ao contrário do que houve nos jogos entre Palmeiras e Cruzeiro e Internacional e Vitória, erros absurdamente cristalinos.
O mais ridículo de tudo, entretanto, é saber que o auxílio de vídeo só não está sendo usado no Brasileiro (embora tenha sido adotado na Copa do Brasil) porque a CBF resolveu que os custos deveriam ser repassados integralmente aos clubes. Como se a Confederação precisasse e não estivesse nadando em dinheiro, embora pouco faça para merecer tanto.
Com um campeonato tão disputado como o atual, onde os cinco primeiros ainda estão separados por apenas quatro pontos, um erro crasso de arbitragem, como os dois pênaltis marcados absurdamente contra Palmeiras e Vitória, pode decidir o título. O VAR existe, exatamente, para evitar equívocos gritantes, como esses.
E quem garante que não voltarão a acontecer nas últimas e decisivas rodadas? Com o baixíssimo nível da nossa arbitragem, diria que as chances de que se repitam são mais do que consideráveis. Diria, enormes. O VAR, ao menos, diminuiria um pouco o risco desse vexame e de uma injustiça esportiva inaceitável nos dias de hoje.
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