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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Imposição dos favoritos aumenta pressão sobre Brasil e Neymar

Neymar no treino da seleção brasileira na véspera do jogo contra a Coreia do Sul - Lucas Figueiredo/CBF
Neymar no treino da seleção brasileira na véspera do jogo contra a Coreia do Sul Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Colunista do UOL Esporte

05/12/2022 07h17

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Não houve espaço para zebras no fim de semana de oitavas de final da Copa do Mundo no Qatar.

Holanda x Argentina e França x Inglaterra são os grandes confrontos de quartas já definidos. Construídos com a força de Dumfries, a genialidade de Messi, a explosão irresistível de Mbappé e a inteligência de Harry Kane.

Apesar de Luka Modric e do status de vice-campeã mundial, a Croácia não tem o mesmo peso de favoritismo contra o Japão, que venceu Alemanha e Espanha e terminou na liderança de um grupo com dois campeões mundiais. Duelo de difícil prognóstico.

Brasil x Coreia do Sul não deveria ser, mas se tornou diante da incógnita que virou a equipe de Tite. Pelas contusões e pelo clima apocalíptico que se criou desde a derrota dos reservas para Camarões. Como os titulares reagirão? Como se sairá a última linha defensiva, provavelmente, com Militão na direita, Marquinhos e Thiago Silva no miolo da zaga e Danilo improvisado pela esquerda?

E Neymar? O tornozelo estará em condições de sustentar o estilo de jogo do craque brasileiro, sempre se expondo às pancadas por prender a bola? Mesmo voltando de lesão, o camisa dez vai assumir protagonismo, como os seus companheiros de ataque do PSG em suas seleções?

A equipe vai retomar a intensidade e a concentração das vitórias sobre Sérvia e Suíça? A eficiência nas finalizações será maior? No último duelo com os sul-coreanos, goleada por 5 a 1 em junho. Mas agora é jogo eliminatório de Copa do Mundo e Heung-min Son evoluiu como liderança técnica, além da "casca" que ele, seus companheiros e o treinador português Paulo Bento ganharam sobrevivendo em um grupo com Portugal, Uruguai e Gana.

Ninguém vacilou nas oitavas, A camisa cinco vezes campeã vai confirmar presença, mesmo tão pressionada?