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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras coloca mais dedos na taça em virada com o toque de Abel Ferreira

Jogadores do Palmeiras comemoram gol de Mayke contra o Botafogo, pelo Brasileirão - Jorge Rodrigues/AGIF
Jogadores do Palmeiras comemoram gol de Mayke contra o Botafogo, pelo Brasileirão Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

Colunista do UOL Esporte

03/10/2022 21h54

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Sem o lesionado Raphael Veiga, Abel Ferreira apostou primeiro no contratado Bruno Tabata, com intensa movimentação no quarteto ofensivo com Dudu, Gustavo Scarpa e Rony.

Na vitória por 1 a 0 sobre o Galo no Mineirão, os muitos desfalques forçaram uma mudança na estrutura, com Marcos Rocha compondo a zaga com Kuscevic e Murilo, mesmo com a presença do zagueiro Luan, que atuou um pouco mais adiantado. Mayke cumpria uma função híbrida: meio ala, meio ponteiro.

Para enfrentar o Botafogo, que tem Jeffinho atacando pela esquerda, mas perdeu os suspensos Victor Cuesta e Marçal na parte defensiva do setor, Abel Ferreira manteve Marcos Rocha mais preso atrás pela direita e liberou Mayke em uma variação do 4-2-3-1 para o 3-4-2-1. Solução para defender e atacar bem no Estádio Nílton Santos.

Acabou surpreendido pela boa jogada de Saravia pela direita e finalização ainda mais bela de Tiquinho Soares. Mas não perdeu o equilíbrio emocional, nem o controle do jogo.

Seguiu organizado para atacar, com variação tática e aos poucos se impondo fisicamente e também na intensidade de jogo. Aproveitando outro desfalque grave do Botafogo: Lucas Fernandes, substituído pelo perdido Gabriel Pires, outro "mapa da mina" para os visitantes.

O meio-campista alvinegro foi infeliz no toque com a mão dentro da área em disputa com Zé Rafael, pênalti que Scarpa converteu. Depois Saravia foi batido com facilidade por Piquerez, atacando o corredor como ala, e o uruguaio serviu Mayke entrando como ponteiro no lado oposto para virar o jogo.

No segundo tempo, ainda mais ajustado defensivamente e organizado para os contragolpes. Mayke tomou fácil de Gabriel Pires, Dudu acionou Rony às costas de Hugo. Passe do atacante, giro de Danilo e o camisa sete apareceu para fechar os 3 a 1.

Administrado mesmo com a expulsão de Zé Rafael, que participou ativamente na frente, inclusive com chute na trave no primeiro tempo, porém foi agressivo demais na marcação. Novamente um alviverde exagerando na intensidade sem bola e levando vermelho. O único porém na temporada até aqui, que custou a classificação para a final da Libertadores, já complicando a vida nas quartas contra o Atlético Mineiro.

Nada que abale a grande campanha nos pontos corridos. Ainda mais sólido com concentração total na competição. Mantendo a impressionante invencibilidade como visitante: agora nove vitórias, mais seis empates.

Segue a contagem regressiva para confirmar matematicamente o que já está resolvido. Justamente pela enorme competência do time de Abel Ferreira, que com um toque baseado em estudo e inteligência ajudou a construir mais uma vitória. Colocando mais dedos na taça.

(Estatísticas: SofaScore)

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado no texto, quem roubou a bola no início da jogada do terceiro gol foi Mayke, e não Zé Rafael. O erro foi corrigido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL