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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

França será competitiva no Qatar, mesmo sem sobrar como poderia

Giroud amplia para a França contra a Áustria, na Liga das Nações -  FRANCK FIFE / AFP
Giroud amplia para a França contra a Áustria, na Liga das Nações Imagem: FRANCK FIFE / AFP

Colunista do UOL Esporte

22/09/2022 18h10

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A França decidiu sua vida na Liga das Nações, precisando da vitória em Saint-Denis sobre a Áustria, com nada menos que 12 desfalques: Bemzema, Kanté, Pogba, Coman, Rabiot, Digne, Lucas Hernández, Theo Hernández, Kamara, Kimpembe, Konaté e Lloris.

Durante o jogo, Didier Deschamps perdeu também o goleiro Maignan e o zagueiro Koundé. Entraram Aréola e Saliba. E, ainda assim, a França, enfim, mostrou força na Liga das Nações.

Venceu por 2 a 0, reeditando o trio Mbappé-Giroud-Griezmann, mas desta vez dentro de um 3-4-3 ou 3-4-1-2. Empilhando chances, incluindo golaço bem anulado por Mbappé e a incrível chance desperdiçada pelo ala direito Jonathan Clauss. Com Tchouaméni sobrando no meio, jogando de área a área e se apresentando como alternativa forte a Kanté e Pogba.

Mas só abrindo o placar quando a Áustria cedeu espaços no erro de Sabitzer que facilitou a transição ofensiva com Mbappé conduzindo em velocidade da esquerda para dentro até finalizar e abrir o placar. Apesar da polêmica com a federação francesa, se negando a participar de ação publicitária, o camisa dez mostrou que é peça fundamental no projeto do bicampeonato.

Assim como Griezmann, que cruzou de direita na cabeça de Giroud: 49º gol com a camisa da seleção, ficando a apenas dois de Thierry Henry. O camisa nove, mesmo aos 35 anos, pode ser boa opção de pivô, mudando as características do ataque quando não tiver Benzema. Ou resgatando a dinâmica ofensiva de 2018.

Domínio absoluto de 61% de posse e 22 finalizações a quatro, seis a zero no alvo. Agora a campeã do mundo depende apenas de si para se manter na primeira divisão do torneio. Mas, a essa altura, vale mesmo a penúltima etapa de preparação para a Copa.

A França mostrou que será competitiva daqui a dois meses, mesmo sem sobrar como poderia. Por lesões, polêmicas e uma certa soberba de campeã. A menos que viva trinta dias iluminados, com tudo que não vem funcionando dando muito certo na hora exata. De novo.

(Estatísticas: SofaScore)