Profissionalismo e virose deixam Brasil órfão nos 81 kg do Mundial de boxe

O Brasil não terá representantes na categoria até 81 kg do Mundial da Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador). O país seria representado por Yamaguchi Falcão, mas uma decisão dele e uma virose do reserva deixaram a categoria vaga.

Yamaguchi, 25, conquistou medalha de prata nos meio-pesados dos Jogos Pan-Americanos de 2011, realizados em Guadalajara, e bronze nos Jogos Olímpicos do ano passado, em Londres. Ele seria o representante do Brasil no Mundial deste ano.

No início de outubro, porém, Yamaguchi anunciou um acordo com a empresa de promoções Golden Boy e migrou para o boxe profissional. Com isso, tornou-se inelegível para o Mundial amador.

Ele seria substituído por Michel Borges, mas o boxeador do Rio de Janeiro foi acometido por uma virose no olho e terá de ficar afastado dos ringues por até 60 dias. Por isso, também não poderá disputar o Mundial.

O Brasil vai levar oito boxeadores para o Mundial, cujo início está previsto para a próxima sexta-feira (11/10). O país será representado por Patrick Oliveira (49 kg), Julião Neto (52 kg), Robenilson de Jesus (56 kg), Robson Conceição (60 kg), Éverton Lopes (64 kg), Roberto Queiroz (69 kg), Esquiva Falcão (75 kg) e Juan Nogueira (91 kg).

A delegação brasileira viajou para fazer uma aclimatação na Alemanha. Nesta quinta, véspera do início do Mundial, a equipe irá para o Cazaquistão, sede do evento.

“Preparamos a equipe para ir e disputar para valer. Trabalhávamos com meta de medalhas antes, mas era um processo muito ruim e negativo. O que nós queremos é que os brasileiros estejam prontos para competir com qualquer um”, disse Mauro José da Silva, presidente da CBBoxe (Confederação Brasileira de Boxe).