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Renault anuncia meta "realista" após passar pela crise

<br>Laurence Frost e Gilles Guillaume

Em Paris (França)

13/02/2014 11h05

A montadora francesa Renault disse nesta quinta-feira que elevará sua receita em cerca de 25 por cento e sua margem de lucro operacional em 5 por cento em 2017, ampliando seu plano de recuperação em um ano após não atingir uma meta de vendas.

As ações da Renault subiram depois que a margem operacional subiu 3 por cento no ano passado em comparação a uma margem de 1,9 por cento em 2012, ofuscando os mais de 500 milhões de euros (679 milhões de dólares) em depreciação e custos de reestruturação no segundo semestre que pressionaram o lucro.

O presidente-executivo Carlos Ghosn anunciou o que ele descreveu como metas "ambiciosas porém realistas" para 2017, incluindo objetivo de margens e 50 bilhões de euros em receita.

"Nossa estratégia prevista na primeira parte do nosso plano 'Drive the Change' entregou resultados", disse ele.

Estes resultados, porém, ficaram abaixo da promessa original de vender 3 milhões de veículos no ano passado, quando as vendas alcançaram 2,63 milhões de unidades. Sob Ghosn, a Renault também prometeu e não atingiu uma meta de 3,3 milhões de veículos vendidos e uma margem de 6 por cento em 2009.

A Renault disse que o lucro líquido caiu em dois terços para 586 milhões de euros, muito abaixo do 1,3 bilhão de euros esperados por analistas, segundo dados da Thomson Reuters SmartEstimates.

O lucro operacional cresceu 58 por cento para 1,242 bilhão de euros no ano passado à medida que o fluxo de caixa livre cresceu em mais de um terço para 827 milhões de euros. A Renault disse que planeja manter seus dividendos em 1,72 euros.