Lucro forte nos EUA dilui perdas da Ford em Europa e América do Sul

A Ford divulgou nesta terça-feira (28) um lucro global mais alto do que o esperado no último trimestre de 2013, na casa dos US$ 3 bilhões (R$ 7,2 bilhões). O resultado representa uma forte recuperação ante o mesmo período de 2012, quando os ganhos ficaram em US$ 1,6 bilhão (R$ 3,8 bilhões).

Boa parte do balanço foi sustentada pela divisão norte-americana da multinacional, que, sozinha, foi responsável por um lucro de US$ 1,7 bilhão (R$ 4 bilhões). O número foi US$ 200 milhões mais baixo que o do ano anterior -- consequência, em especial, da queda nos preços dos veículos -- mas ainda assim ficou acima das projeções feitas por diversos especialistas.

As estatísticas também incluíram ganhos de US$ 2,1 bilhões (R$ 5 bilhões), gerados por itens tributários, e encargos de mais US$ 311 milhões (R$ 747 milhões), referentes a despesas economizadas com pensões e demissões na Europa.

Excluindo eventos não recorrentes, a Ford teve lucro de US$ 0,31 (R$ 0,75) por ação, três centavos além do projetado por analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S. Já a receita subiu 4%, para US$ 37,6 bilhões (R$ 90,3 bilhões), também acima das estimativas.

Outros dois mercados em alta são Ásia-Pacífico e África, cujos ganhos saltaram em mais de 170% e atingiram US$ 106 milhões (R$ 254 milhões).

AMÉRICA DO SUL E EUROPA NO PREJUÍZO
Se o mercado norte-americano está aquecido, o mesmo não pode ser dito sobre a América do Sul: de acordo com o balanço trimestral da Ford, o subcontinente amargou prejuízo de US$ 126 milhões (R$ 302,8 milhões), contrastando com um cenário de lucro vivido nos três meses de encerramento do ano anterior.

Na Europa, as perdas foram ainda maiores, na casa de US$ 571 milhões (R$ 1,3 bilhão), embora abaixo do prejuízo aferido no último trimestre de 2012. De qualquer forma, em ambos os casos, o déficit ficou acima do que os analistas esperavam.