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Mercado de automóveis da Europa cresceu quase 5% em julho

Christiaan Hetzner

Em Frankfurt (Alemanha)

16/08/2013 12h08

O mercado europeu de automóveis cresceu quase 5% em julho sobre um ano antes, apoiando expectativas para uma necessária estabilização para os produtores no segundo semestre deste ano.

Os licenciamentos de carros novos na Europa subiram 4,8% sobre julho de 2012, para 1,02 milhão de unidades, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pela associação alemã de montadoras, VDA.

"O resultado positivo de julho (...) é um bom começo para a estabilização que esperamos no segundo semestre", disse o presidente da VDA, Matthias Wissmann, em comunicado. "A recuperação econômica emergente na Europa ocidental parece estar refletida na demanda por automóveis", acrescentou.

Ele afirmou que altas de dois dígitos na Espanha, Portugal e Grécia, países atingidos por medidas de austeridade, dão esperança para o mercado depois que as vendas nesses países caíram praticamente à metade ante picos atingidos antes da crise financeira de 2008.

Um dia útil a mais na Alemanha, maior economia da região, ajudou a elevar as vendas ligeiramente em julho sobre o mesmo mês do ano passado. Porém, a consultoria Dataforce, baseada em Frankfurt, calculou que os volumes de vendas recuaram 2,3% quando ajustados para este efeito do calendário.

A Volkswagen teve queda de 4,1% nas vendas de seu mercado doméstico, diluindo ganhos na China e nos Estados Unidos e reduzindo seu crescimento global para o menor ritmo em quatro meses. "As condições de alguns mercados foram extremamente desafiadoras em alguns momentos", afirmou o chefe de vendas da montadora, Christian Klinger. "O clima econômico continua difícil."

No geral, as vendas do grupo subiram 3,2%, para 757,7 mil carros, utilitários esportivos e comerciais leves. As vendas acumuladas dos sete primeiros meses do ano na Europa, incluindo as marcas de luxo Audi e Porsche, caíram 3,1%, para 2,16 milhões de unidades.

Na Europa, os licenciamentos no acumulado de janeiro a julho caíram 5,2%, para 7,46 milhões de veículos. O desempenho deve apresentar melhora na segunda metade do ano por causa de uma base de comparação fraca.