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Hyundai pode começar 3º turno no Brasil no final do semestre

Marca inaugurou sua primeira fábrica no Brasil, na cidade de Piracicaba (SP), com capacidade inicial de 34 carros/hora - Leonardo Soares/UOL
Marca inaugurou sua primeira fábrica no Brasil, na cidade de Piracicaba (SP), com capacidade inicial de 34 carros/hora Imagem: Leonardo Soares/UOL

Alberto Alerigi Jr.

Em São Paulo (SP)

26/03/2013 13h07

A Hyundai começou nesta semana a discutir com sindicato de metalúrgicos de sua fábrica em Piracicaba (SP) o início de um terceiro turno de produção que pode ocorrer entre o final deste semestre e início do próximo.

A montadora sul-coreana, que começou a produzir o modelo compacto HB20 na unidade em setembro, informou nesta terça-feira que comunicou o Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba na sexta-feira sobre a decisão de abertura de um terceiro turno, mas não confirmou quando a nova operação poderia iniciar.

Segundo o presidente da entidade sindical, José Luiz Ribeiro, a Hyundai teria informado sobre planos de contratação de 700 trabalhadores. Atualmente, a fábrica de Piracicaba emprega 1.900 funcionários.

"Eles disseram que precisam fazer treinamento do pessoal e que a ideia é contratar 700 trabalhadores. Isso abriria uma demanda de mais 1.000 funcionários nos fornecedores que estão instalados no complexo", disse Ribeiro.

O projeto inicial da fábrica envolvia produção em dois turnos, numa capacidade total de 150 mil veículos por ano. Mas um mês depois do início da produção, a montadora decidiu iniciar o segundo turno em meio à forte demanda pelo HB20.

Segundo dados da associação de concessionários de veículos, Fenabrave, o HB20 acumula vendas de 19.208 unidades no primeiro bimestre, com a posição no ranking de automóveis mais vendidos do país passando de oitava para sexta colocação entre janeiro e fevereiro.

Ribeiro informou que sindicato e montadora negociam agora as formas de início da operação do terceiro turno. Ele afirmou que a companhia estimou que o início da nova jornada pode levar de três a quatro meses por causa da necessidade de treinamento de pessoal para a produção.

"Mas a gente quer agilizar isso para que seja o mais breve possível", disse Ribeiro, afirmando que a jornada de trabalho da fábrica de Piracicaba está em 44 horas semanais e que o interesse da entidade é reduzir isso com a contratação de novos funcionários para o terceiro turno.