Governo francês pode assumir participação na Peugeot
O governo da França está considerando assumir uma participação na PSA Peugeot Citroen, afirmou o ministro do orçamento francês, Jerome Cahuzac, nesta sexta-feira (8), horas após a montadora anunciar uma baixa contábil de 4,1 bilhões de euros (US$ 5,49 bilhões).
Embora o encargo contabilizado pela Peugeot não tenha efeito caixa, não afetando a liquidez ou solvência do grupo, o impacto sobre os ativos automotivos refletiram a piora da perspectiva de mercado na Europa.
Questionado se a França poderia investir na Peugeot para apoiar a montadora, o ministro disse ao canal de TV BFM: "É possível... Essa empresa não deve e não pode desaparecer, e precisamos fazer o que for preciso para que ela sobreviva."
As ações da companhia caíam 2,5% às 7h25 (horário de Brasília). Analistas afirmaram que a baixa contábil foi minimizada pelo fato de não ter efeito caixa e pela especulação de que o governo apoiará a base de capital do grupo.
A PSA é uma das empresas mais prejudicadas pela prolongada queda nas vendas. A montadora está cortando 8.000 empregos e fechando fábricas para conter prejuízos que se aproximam de 200 milhões de euros por mês. A companhia tem afirmado que deve alcançar o equilíbrio financeiro no final de 2014.
Nesta quinta, a Peugeot informou que reduziu o valor contábil de suas fábricas e de outros ativos automotivos em 28%, numa baixa que adiciona 4,13 bilhões de euros (US$ 5,53 bilhões) a seu prejuízo líquido em 2012, para refletir a piora na perspectiva do mercado europeu.
A montadora divulga os resultados para o ano fechado em 13 de fevereiro.
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