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GM e sindicato adiam decisão sobre "vítimas" dos novos carros

Sindicato que representa trabalhadores da GM protesta contra possíveis demissões em fábrica de SP - Divulgação
Sindicato que representa trabalhadores da GM protesta contra possíveis demissões em fábrica de SP Imagem: Divulgação

Alberto Alerigi Jr.

Em São Paulo (SP)

23/01/2013 17h53

As negociações entre a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) tiveram ligeiro avanço nesta quarta-feira (23) com apresentações de propostas para se evitar possíveis cortes de empregos na fábrica da montadora no interior paulista.

Ambos lados decidiram adiar para o próximo sábado (26) uma decisão sobre o futuro de 1.598 funcionários da fábrica de automóveis do complexo, considerada pela GM como a mais cara da empresa no Brasil. Os metalúrgicos estão em regime de suspensão de contrato de trabalho (lay-off) há quase cinco meses e o regime não pode ser prorrogado.

A GM renovou recentemente sua linha de produtos no Brasil e veículos antes produzidos na fábrica de automóveis do complexo -- Chevrolet Corsa, Zafira, Meriva -- foram substituídos por outros modelos, montados em outras unidades da empresa no país, como São Caetano do Sul (SP), de onde saem Cobalt, Cruze e Spin, e Gravataí (RS), que produz a gama Onix. 

"Estamos discutindo agora o futuro de 1.500 empregados, mas lembro que temos outros 6 mil no complexo e, por isso, é fundamental um acordo agora para garantir a preservação do complexo e novos investimentos no futuro", disse o diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan.

Na reunião, o sindicato aceitou negociar jornada estendida na unidade, mas não banco de horas, ponto que a GM considera necessário para melhorar a competitividade da fábrica. Os representantes também concordaram em renovar acordo que prevê trabalho eventual aos domingos com concessão de folga semanal, informou a montadora.

Segundo o sindicato, "pela primeira vez a GM admitiu a possibilidade de não demitir".