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Montadoras chinesas se preparam para ano de crescimento fraco

Marcas japonesas têm sido bastante afetadas pela turbulência no relacionamento entre Japão e China - Reuters
Marcas japonesas têm sido bastante afetadas pela turbulência no relacionamento entre Japão e China Imagem: Reuters

Em Pequim e Xangai (China)

04/01/2013 09h47

A montadoras de veículos na China estão se preparando para outro ano de crescimento de um apenas dígito em 2013, pressionado por fraca demanda por carros japoneses em meio à disputa diplomática entre os dois países vizinhos e medidas do governo para restringir o tráfego em grandes cidades.

Executivos das montadoras locais e estrangeiras na China preveem que o mercado geral de veículos vá crescer de 5% a 10% este ano, praticamente em linha com o desempenho de 2012, quando a demanda foi atingida pela desaceleração da economia e aumento dos custos com combustível.

Montadoras japonesas provavelmente vão continuar a enfrentar problemas em 2013 depois que viram suas vendas na China caírem em cerca de 50% em 2012 após protestos e boicotes contra produtos japoneses terem eclodido em meados de setembro por causa da disputa territorial entre os países.

GHOSN: "CRISE PREJUDICA PERSPECTIVAS"
"As marcas japonesas têm sido afetadas pela turbulência no relacionamento entre Japão e China. É muito difícil para uma companhia ver como isso vai prejudicar as perspectivas de longo prazo das companhias japonesas", disse o presidente-executivo da Nissan, Carlos Ghosn, em Tóquio.

Executivos do setor na China esperam que o mercado de veículos no país cresça no ritmo de um dígito, segundo recente pesquisa conduzida pelo portal da indústria, gasgoo.com. Outros esperam que o mercado cresça cerca de 10%.

Em 2012 até novembro, as vendas de veículos na China subiram 4% ante o mesmo período do ano anterior. Como dezembro tradicionalmente é um mês de vendas fortes, analistas estimam que o crescimento de todo o ano seja de cerca de 5% a 6%.

O mercado chinês cresceu 46% em 2009 e 32% em 2010, graças, principalmente, a medidas de incentivo do governo que expiraram no final de 2010. Em 2011, o crescimento caiu para apenas 2,5%.