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Salão do automóvel de SP atrai chefes de montadoras ao país

Alberto Alerigi Jr.

Da Reuters, em São Paulo (SP)

17/10/2012 15h36

 O Brasil sedia a partir da próxima semana a maior exibição de automóveis de sua história, com recorde de modelos e marcas num momento em que o governo toma medidas para proteger a indústria nacional e cobra das montadoras investimentos bilionários no país com o novo regime automotivo que passa a valer a partir de 2013.

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo terá cerca de 500 carros expostos de 49 marcas de 38 montadoras, numa evolução ante a última edição do evento em 2010, que contou com 42 marcas e 450 carros expostos. A expectativa de público é de 750 mil visitantes, o mesmo número do salão de 2010.

O interesse pelo mercado brasileiro, em meio à crise na Europa, desaceleração da economia chinesa e lentidão nos Estados Unidos e Japão, se traduz também no número de profissionais de imprensa que deverão percorrer os corredores do centro de exposições do Anhembi durante 12 dias: 6 mil ante 3.500 na edição de 2010, segundo organizadores do evento.

Entre os nomes mais importantes da edição deste ano estarão os presidentes-executivos da General Motors, Dan Akerson, e da Volkswagen, Martin Winterkorn, que deverão visitar pela primeira vez o salão brasileiro.

Apesar do aumento da importância do mercado nacional no cenário automotivo mundial, diante da perspectiva de aumento das vendas no país de cerca de 3,8 milhões de unidades para 6 milhões até 2020, a edição deste ano do salão terá algumas baixas entre as marcas mais chamativas da indústria.

Ferrari, Maserati e Bentley não terão estandes individuais como na edição de 2010, por decisões individuais de seus importadores, disse o diretor financeiro da associação de importadores Abeiva, Ricardo Strunz. Enquanto isso, nomes que vão estrear pela primeira vez incluem Lexus, da Toyota, e RAM, da Chrysler, controlada pela Fiat.