Brasil quer teto de US$ 1,4 bilhão de carros mexicanos, mas 2011 foi ano de mudança
O governo do Brasil pediu que o México limite o valor das suas exportações de automóveis para o Brasil para cerca de US$ 1,4 bilhão nos próximos três anos, como parte de um conjunto de demandas para renegociar o acordo do comércio automotivo entre os dois países.
Atualmente, este acordo permite o livre comércio de veículos entre os dois países, sem que haja taxas de aduana.
O governo brasileiro também disse que essa quota de US$ 1,4 bilhão foi o valor médio anual das exportações de automóveis do México para o Brasil nos últimos três anos, segundo uma carta datada de 8 de março e enviada à chanceler mexicana Patricia Espinosa e ao ministro da Economia Bruno Ferrari, cujo conteúdo é de conhecimento da Reuters.
O documento afirma que os dois lados haviam chegado a um entendimento para definir os termos da revisão do acordo. O governo mexicano não estava imediatamente disponível para comentar o assunto, mas um fonte em Brasília afirmou que o governo brasileiro espera uma resposta mexicana aos termos propostos nesta sexta-feira (9), e que as negociações podem continuar na próxima semana.
Em uma carta separada com data do dia anterior acessada pela Reuters, o México disse que estava preparado para considerar limitar suas vendas com base nas exportações do ano passado, "mais um percentual" a ser negociado.
O Brasil também pede que o México aceite que 35% das peças automotivas que usa estejam de acordo com uma fórmula de "índice de conteúdo regional", e que essa proporção deve subir para 45% ao longo dos próximos quatro anos.
Nem a fórmula, nem a "região" foram definidas na carta, mas a exigência pode irritar os Estados Unidos e outros parceiros comerciais que fornecem peças e componentes para o México.
DOIS ANOS FRACOS, UM FORTE
O valor determinado pelo Brasil como cota de importações é a média de três anos bastante diferentes em termos de produção no México voltada ao Brasil. Considerando que sejam 2009, 2010 e 2011, no primeiro biênio a Nissan -- por exemplo -- ainda não fabricava em sua unidade mexicana o compacto March e o sedã Versa, ambos lançados em 2011 e que aumentaram, ou aumentariam, o valor total de suas exportações do México ao Brasil.
Também em 2009-10 a aliança Fiat-Chrysler não estava consolidada como no ano passado, quando passaram a vir do México o Cinquecento e o Freemont, dois carros da marca italiana que se beneficiam de instalações da norte-americana no México.
Outro carro lançado em 2011, feito no México e de lá importado ao nosso país em volume relevante é o Volkswagen Jetta, que substituiu o há muito moribundo Bora e o Jetta antigo -- ambos com vendas fracas no Brasil.
Com Redação, em São Paulo
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