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Renault e Daimler estão prontas para controlar montadoras russas

30/01/2012 16h45

MOSCOU, 30 Jan (Reuters) - As gigantes europeias de automóveis Daimler e Renault estão prontas para assumir o controle acionário de parceiros russos, depois de anos de conversas, afirmaram agências de notícias, citando o conglomerado estatal Russian Technologies, que detém participação em fabricantes de automóveis.

O grupo francês Renault, que possui 25 por cento da AvtoVAZ, poderia assumir o controle da fabricante Lada durante o primeiro semestre deste ano, teria afirmado o diretor da Russian Technologies, Sergei Chemezov, de acordo com a agência estatal de notícias RIA Novosti.

A Renault e seu sócio japonês Nissan já fecharam acordo para começar a montagem de seus modelos na vasta unidade central russa da AvtoVAZ e tem o aval do primeiro-ministro Vladimir Putin pata assumir o controle total.

A Renault comprou os 25 por cento de participação por 1 bilhão de dólares no final de 2008, mas o negócio azedou rapidamente quando a crise financeira destruiu vendas e forçou a AvtoVAZ a ser socorrida pelo governo.

Uma porta-voz da Renault disse que as discussões sobre o aumento de participação continuam em progresso, como estão desde o início da crise. "Nada mudou", disse ela.

Renault, Nissan e AvtoVaz são a terceira maior companhia automotiva do mundo se combinadas as suas vendas, atrás da General Motors e da Volkswagen --ambas também estão investindo no rápido crescimento do mercado russo.

Fabricantes ocidentais de automóveis estão investindo pesadamente na Rússia para tomar vantagens dos incentivos governamentais para impulsionar o parque industrial local e o mercado, que cresceu 39 por cento em 2011.

Chemezov também foi citado como afirmando que o grupo Daimler poderia assumir o controle da fabricante de caminhões Kamaz, na qual já possui 11 por cento de participação.

"Eles (Daimler) estão prontos para aumentá-la para o controle acionário", teria dito Chemezov conforme citado pela agência Interfax.

A Russian Technologies possui 49,9 por cento na Kamaz.

(Por John Bowker )