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Fiat eleva participação na Chrysler de 25% para 30%

Por Deepa Seetharaman

Em Detroit (EUA)

12/04/2011 14h03

A italiana Fiat ampliou sua participação na Chrysler nesta terça-feira (12) depois que a fabricante norte-americana de veículos atingiu metas definidas pelo governo dos Estados Unidos quando do socorro à empresa em 2009. A fatia da Fiat saltou para 30% (antes era de 25%).

Agora, a Fiat tem 30% da Chrysler e o sindicato UAW possui 59,2%. O Tesouro dos EUA detém 8,6% e o governo canadense tem 2,2% de participação.

A Chrysler informou ter superado metas de vendas internacionais e ter fechado um acordo para expandir sua presença fora da América do Norte por meio da rede de concessionárias da Fiat. As metas eram parte de um complexo acordo entre o governo dos EUA e a Fiat em 2009, que deu ao grupo italiano uma participação e a gestão da Chrysler.

A Chrysler precisava reportar receita de US$ 1,5 bilhão fora dos EUA, Canadá e México como parte de um objetivo. Os três países responderam por 87% das vendas da montadora no ano passado.

Em 2010, a Chrysler teve faturamento de US$ 5,4 bilhões fora da América do Norte, de acordo com documento enviado aos reguladores norte-americanos em 25 de fevereiro.

A Chrysler também tinha que vender seus veículos por meio de 90% das concessionárias da Fiat na América Latina, mas leis locais de franquias foram obstáculos para que esse objetivo fosse atingido. Por isso, a Chrysler alterou o acordo com o Tesouro dos EUA para permitir que seus carros sejam vendidos com a marca Fiat no Brasil.

A Chrysler está sob comando de Sergio Marchionne, que é também presidente-executivo da Fiat, desde que a montadora norte-americana emergiu da concordata financiada pelo governo dos EUA em junho de 2009.

Quando assumiu o comando da Chrysler, a Fiat se recusou a colocar dinheiro na montadora. Mas o Tesouro dos EUA concordou que a Fiat poderia ampliar sua participação se a empresa norte-americana atingisse objetivos estabelecidos entre as partes.

Marchionne quer chegar a 51% de participação na Chrysler. Isso deve acontecer antes de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Chrysler.