A culpa é do carro: como bafômetro pode dar positivo mesmo sem beber álcool

Um vídeo no perfil do Instagram Dub Brasil exibiu uma abordagem da Lei Seca na capital paulista em que uma Volkswagen Parati é "reprovada" no bafômetro.

Sim, você leu certo, não foi o motorista que causou a luz vermelha de reprovação no bafômetro do tipo passivo, que tem formato de bastão e não requer que a pessoal sopre diretamente nele. UOL Carros procurou a Polícia Rodoviária Federal para saber se isso é mesmo possível.

Por incrível que pareça, essa situação pode acontecer, especialmente em modelos preparados, caso da Parati do vídeo, ou em carros antigos.

Os vapores que sobem de veículos do tipo são muito mais fortes, seja pela mistura mais rica em combustível ou por escapamentos modificados. É algo pouquíssimo provável em automóveis modernos totalmente originais.

"A presença de álcool no veículo vai influenciar no teste passivo. Esse teste que o policial faz e o condutor não precisa encostar a boca no aparelho é chamado de teste passivo", explica o policial rodoviário federal Allison Prihl, da assessoria de imprensa da PRF.

O funcionamento do aparelho passivo é diferente do bafômetro mais conhecido, aquele em que é necessário soprar para chegar à conclusão.

"Ele detecta a presença de álcool no ar, ele é bem sensível. Esse teste passivo é uma forma de triagem para poder saber se o condutor ali de antemão tem a probabilidade de ter ingerido bebida alcoólica ou não", completa.

Há uma explicação para o uso de um tipo diferente de bafômetro.

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"Após a realização do teste passivo, caso dê positivo, acende a luz vermelha e o condutor é chamado para fazer o teste zero. Se der alguma coisa, aí que vai valer. O condutor assopra dentro de um cano em que só vai ter a presença do ar dele. Não tem como ter qualquer tipo de influência além do que está dentro dos pulmões do condutor", conclui o policial.

No vídeo em questão, o condutor da Parati fez novo teste, no bafômetro tradicional, que deu negativo. Dessa forma, ele foi liberado.

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