Topo

As 10 melhores desculpas ruins na hora do bafômetro, segundo o Detran

Exame do bafômetro detecta traços de álcool no sangue do condutor - Alberto César Araújo/Folha Imagem
Exame do bafômetro detecta traços de álcool no sangue do condutor Imagem: Alberto César Araújo/Folha Imagem

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

23/08/2021 19h47

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) divulgou um levantamento com as desculpas mais "criativas" dadas por motoristas que foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool ao tentar escapar das punições. Entre os argumentos, término de relacionamento, comida preparada com bebidas alcoólicas e até o uso de próteses dentárias.

Os artigos 165 e 165A do Código de Trânsito Brasileiro apontam que dirigir sob a influência de álcool ou recusar-se ao teste do etilômetro são consideradas infrações gravíssimas, que podem levar à suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além de multa de R$ 2.934,70. Não é permitida nenhuma gota de álcool por litro de sangue.

Porém, os motoristas podem recorrer das punições. Só que, segundo o órgão estadual de trânsito, poucos argumentos são realmente aceitos. Em 2019, foram julgados 8.625 recursos e apenas 2% deles, 177 pedidos, foram "aprovados". Até junho, foram 743 recursos, e 18 aprovações (2,4%). Não há dados disponíveis sobre as autuações em 2020, pois a Operação Direção Segura não foi realizada por causa da pandemia de coronavírus.

"O resultado dos julgamentos dos recursos tem demonstrado tratar-se de justificativas quase sem nexo, resultando no indeferimento dos recursos e na manutenção da penalidade aplicada", afirma Frederico Pierotti Arantes, presidente do Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo (Ciretran)

Top 10 "desculpas" dadas pelos motoristas

  • O condutor estava abalado por conta do término do noivado e acabou bebendo para afogar as mágoas;
  • Um motorista disse estar gripado e, para melhorar, acabou tomando um remédio caseiro feito com mel, vinho do porto e gema de ovo. Segundo ele, além de melhorar os sintomas, o coquetel pode até ser considerado um fortificante para os brônquios.
  • Outro disse ter ingerido bombons de licor;
  • Um usou enxaguante bucal (alguns ainda têm algum teor alcoólico) e, sem querer, acabou engolindo o produto;
  • Um motorista alegou estar com os olhos vermelhos porque São Paulo é uma cidade muito poluída, e que, além disso, já estava indo para o hotel descansar;
  • Um dos motoristas abordados pela fiscalização pediu desculpas e prometeu que agora será um motorista exemplar e nunca mais fará nada errado;
  • Um condutor se negou a fazer o teste do bafômetro porque tinha prótese dentária e não quis passar constrangimento, já que tinha muita gente no local;
  • Outro alegou que a mangueira de combustível do carro estava entupindo o carburador, por isso, teve que fazer uma "sucção" e acidentalmente acabou engolindo álcool (o que, se fosse verdade, o levaria ao hospital);
  • Depois de beber duas taças de vinho, um motorista ficou com vontade de ouvir CDs que estavam no carro estacionado em frente à casa dele. Ele teria dormido e foi "surpreendido" com a abordagem da Polícia Militar.
  • Outro condutor estava saindo de um jantar e teria comido prato que vinha com um molho contendo vinho no preparo;
  • Finalmente, um motorista disse não ter ingerido álcool, apenas levou um amigo à rodoviária e, lá, tomou um café com conhaque para melhorar a tosse e a gripe.