BYD se esquiva sobre acerto com a Ford, mas quer definir fábrica em 1 mês

A vice-presidente global da BYD, Stella Li, participou do lançamento do hatch Dolphin, novo carro da marca e o elétrico mais barato do Brasil. Em entrevista exclusiva ao UOL Carros durante o evento, a executiva falou sobre a fábrica que a montadora chinesa terá no país, mas se esquivou sobre o possível acordo com a Ford para a compra da unidade de Camaçari (BA) - de onde saíam Ka, Ka Sedan e EcoSport.

"Estamos em negociações, mas ainda não é possível comentar sobre decisões que, até o momento, não foram concretizadas. Em até um mês, tudo estará esclarecido e divulgado", promete a executiva.

Em outubro de 2022, a BYD assinou protocolo de intenções com o governo da Bahia para instalar três fábricas no estado para produzir carros, ônibus elétricos e caminhões. Recentemente o governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), já havia comentado que o acordo entre a marca chinesa e a Ford deverá ser anunciado até julho.

Oficialmente, porém as partes não confirmam qualquer acerto. Os chineses, inclusive, sempre adotaram discurso de que sua nova fábrica pode ser construída em outro local na Bahia e até mesmo em estado diferente.

O que disse a chefona da BYD

Fábrica pode ser em qualquer lugar: "Iremos inaugurar uma nova fábrica no Brasil, só não em São Paulo".

Incentivos fiscais: "Ainda que não tenhamos qualquer limitação de valor a ser investido, contamos com a ajuda do governo para que, por exemplo, possam nos ajudar com incentivos, já que temos diversas iniciativas que ajudarão a população. Entre elas, além da geração de empregos, destacamos a preocupação com o meio ambiente, com a capacitação de profissionais e até para a realização de parcerias com centros de educação".

O que será feito no Brasil: "Na fábrica serão produzidos, ao todo, seis modelos, sendo que o sexto - que ainda não foi lançado - poderá ser um elétrico ainda mais barato do que o Dolphin (outro que será feito na nova planta, que tem foco de atender apenas a América Latina). A capacidade máxima será de 150 mil ou 160 mil unidades por ano".

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