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Após 2 assaltos, ela passou a ajudar mulheres a superarem trauma ao volante

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Carolina Barros Lopes

Do UOL em São Paulo (SP)

01/12/2022 10h08

Pamela Costa usou seu trauma ao volante para ajudar outras mulheres a voltar a dirigir. Moradora da Praia Grande, no litoral paulista, ela oferece treinamento a habilitadas que, por algum tipo de experiência negativa, desistiram de guiar um veículo.

A ideia de ajudar outras mulheres partiu de uma experiência pessoal. Em 2017, passou por dois assaltos na cidade onde vive ao dirigir seu Peugeot 207 Quiksilver, que vendeu depois do ocorrido. De acordo com a motorista, a primeira atitude que tomou após ser roubada foi ir ao hospital.

"Eu corri para o médico. Achei que estava infartando. Contei ao doutor o que tinha acontecido e ele me diagnosticou imediatamente com pânico e ansiedade", afirma Pamela.

Ela conta que notou as dificuldades de outras mulheres e que os casos mais comuns estão ligados à CNH "esquecida" na gaveta, medo de atropelamento, falta de paciência e incentivo dos companheiros e perda de pessoas importantes em acidentes de carro.

Do primeiro encontro direto para o volante

Em relação à metodologia de ensino, Pamela afirma que o primeiro passo é se deslocar até a casa da cliente para uma avaliação de 50 minutos. A professora explica que muitas de suas clientes têm filhos e não podem pagar pelo deslocamento até um ponto de encontro. Por isso, permite que, caso sejam mães, tragam as crianças para o carro da escola na cadeirinha para a primeira conversa.

Atendimento personalizado com trajeto único para cada motorista

Pamela entende as dificuldades de cada mulher e analisa cada cliente a partir de uma avaliação inicial prática. Ela também cria um diálogo e ambiente seguro para que as mulheres desabafem. Caso a professora sinta a necessidade, indica uma psicóloga de confiança antes de realizar as aulas com as condutoras.

"Sou mulher, mãe solo, dona de casa e autônoma. Entendo as dificuldades do universo feminino que é bem mais complexo do que as pessoas imaginam. Dirigir é liberdade e poder, e incentivar a prática é mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser" finaliza Pamela.

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