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IPTU mais barato: donos de carro elétrico terão desconto no imposto em SP

Além da isenção de rodízio e da redução no IPVA, proprietários de veículos a bateria terão abatimento no IPTU na capital paulista - Arte UOL
Além da isenção de rodízio e da redução no IPVA, proprietários de veículos a bateria terão abatimento no IPTU na capital paulista Imagem: Arte UOL

Fernando Calmon

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

09/09/2022 04h00

Durante a inauguração do 17° Salão da Mobilidade Elétrica no final da semana passado no Expo Center Norte, na capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes anunciou ampliação de estímulos para compras de automóveis 100% elétricos.

Agora, além da isenção do rodízio e de redução 50% no IPVA (a parte do imposto estadual que cabe ao município), haverá um crédito de R$ 3.292,91 para descontar do IPTU (imposto sobre imóveis), mesmo em veículos com preço acima de R$ 150 mil.

O Salão recebeu menos de 10 mil visitantes e apenas a Toyota participou com estande, onde exibiu o Mirai, que usa pilha a hidrogênio no lugar de bateria. No segundo dos três dias de exposição mostrou o Lexus UX híbrido plugável. Em dois meses a fabricante anunciará a produção em Sorocaba (SP) de outra versão híbrida flex, sem antecipar qual modelo e nem a partir de quando.

O candidato natural é o Yaris, porém se especula ainda um SUV compacto. A Toyota planeja que todos os produtos da marca fabricados no País ou importados terão pelo menos uma versão híbrida. Os 100% elétricos continuarão sendo produtos de nicho.

Antônio Calcagnoto, presidente interino da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) admitiu que "biocombustíveis como o etanol em aplicações híbridas serão porta de entrada para veículos 100% elétricos no Brasil". A velocidade de transição depende de ações governamentais e do setor privado em razão da infraestrutura, disse.

Nos corredores da exposição ouvi rumores de que o Governo Federal poderá usar o imposto de importação, hoje zerado no caso dos elétricos, para estimular a produção destes carros no País com alíquotas de proteção diferenciadas. Não existe ainda uma fórmula para isso.

Será fundamental a expansão acelerada da rede de carregadores. No Salão da Mobilidade Elétrica a empresa suíça-sueca ABB informou já ter instalado mais de 1.000 carregadores AC e 100 DC sendo estes de carga rápida e ultrarrápida.

O diretor da empresa, Wilson Moraes, disse não descartar a fabricação nacional dos carregadores se existir demanda que justifique o investimento. "Há um pré-estudo para produção na unidade de Sorocaba (SP), onde executamos montagem e personalização da infraestrutura de recarga", adiantou.

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