Motor 3-cilindros põe Uno em nível de consumo de híbridos; assista
Surpreende o silêncio a bordo e o consumo de combustível do Uno 2017 equipado com o novo motor 1.0 3-cilindros Firefly, que estreou nesta quinta-feira (15) ao lado do 1.3 de 4-cilindros -- responsável por aposentar o defasado 1.4 Fire flex.
Confira aqui a lista de versões e preços.
Agrada também o baixo nível de ruído interno, semelhante ao do up!, tão bom a ponto de virar referência no segmento de compactos com motores tricilíndricos. O Uno 3-cilindros é silencioso e isso passa a sensação de categoria superior. O ronco é semelhante aos motores de mesma arquitetura conhecidos do mercado, um pouco mais agudo que um 4-cilindros.
Outro ponto extremamente positivo foram os números registrados no computador de bordo da unidade avaliada por UOL Carros durante quase 80 quilômetros de test-drive: média de 14 km/l com gasolina, com alguns picos em momentos de trânsito menos intenso de impressionantes 16,7 km/l.
Estes dados, obtidos com gasolina no tanque, são próximos aos do Peugeot 208 PureTech, que bate de frente com modelos híbridos em percurso urbano. O Uno 1.3 (Way e Sporting) também registrou ótima média (12,5 km/l na cidade).
Suspensão é ligeiramente mais firme na versão esportivada Sporting e mais molinha na aventureira Way. Em nenhum momento, mesmo em algumas lombadas ignoradas, ela chegou ao final do curso. Porém, ao contrário do 1.0, o motor de 1,3 litro é barulhento.
Saiba mais do modelo na videorreportagem de Benê Gomes, dos parceiros do Auto+. Veja detalhes do Uno Way 1.3 no álbum.
Mais esperto
Desempenho do 1.0, 72/77 cv de potência e 10,4/10,9 kgfm de torque (gasolina/etanol), é muito similar ao do up! MPI (aspirado), o que significa que o Uno "mil" está bem mais espertinho. Muito disso vem do trabalho para entregar bom torque a regimes mais baixos.
Já o 1.3 tem força de... 1.3: empolga menos do que os 101/109 cv e 13,7/14,2 kgfm fariam prever, mas não chega a decepcionar. Bem melhor, certamente, do que o velho 1.4 Fire.
Em suma, novo Uno chega -- atrasado, é verdade -- para finalmente colocar as coisas em ordem na casa da Fiat, decretando oficialmente o fim do Palio Fire (vendido agora apenas para frotistas) e posicionando o Mobi como veículo de entrada da marca.
Lado ruim
Apesar da intensa e sensível evolução mecânica, ainda há pontos que precisam melhorar, e a maioria deles já são conhecidos pelo público.
O câmbio segue mole, com engates imprecisos e facilmente desencaixáveis -- uma esbarrada de joelho na manopla, por exemplo, pode facilmente tirar a alavanca da engrenagem da quarta marcha.
O acabamento não tem baciada de plástico duro, mas tampouco oferece partes emborrachadas nem corresponde a um carro que pode chegar a quase R$ 54 mil -- assim como acontece no up!. Nesse ponto há carros com preços parecidos, embora maiores, que alcançam nível mais requintado.
Fora isso, o sistema multimídia é o mesmo do Uno anterior, sem possibilidade de conexão interativa com o celular dos passageiros, como espelhamento de tela ou projeção via CarPlay ou AndroidAuto.
A Fiat afirma que, em algum momento, irá oferecer ao Uno o sistema Live On, já prometido para o Mobi?, mas que até agora não chegou ao consumidor.
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