Mobi Way chega para enfim colocar citycar no top 10; veja como anda
A Fiat lançou o Mobi, em abril, com a meta de vender 65 mil unidades até o fim de 2016 e voltar a brigar pelo topo do ranking de modelos mais vendidos do Brasil.
Alguns fatores atrapalharam a escalada do citycar até o momento. Três deles: a decepcionante tabela de preços, acima de R$ 30 mil mesmo na versão mais pelada; a queda livre do segmento de carros de entrada; e a sensação de que o Mobi vai pouco além de um "mini-Uno".
Nesta sexta-feira (3) começaram a chegar às lojas os primeiros exemplares das versões aventureiras Way e Way On, que desembarcam tendo uma grande responsabilidade: fazer com que o subcompacto enfim se estabeleça entre os dez veículos mais comercializados do país.
Preços já haviam sido anunciados no lançamento geral:
+ Mobi Way 1.0 -- R$ 39.300
+ Mobi Way On 1.0 -- R$ 43.800
De série, a configuração conta com os mesmos itens da Like/Like On. O Mobi Way traz chave canivete; direção hidráulica; vidros (só dianteiros) e travas elétricos; ar-condicionado; limpador, lavador e desembaçador de vidro traseiro; quadro de instrumentos com computador de bordo digital de 3,5 polegadas; volante e cintos dianteiros com regulagem de altura; preparação para rádio; e rodas aro 14 de aço.
O Way On acrescenta: alarme; retrovisores externos com ajuste elétrico, luz de seta integrada e tilt down (sistema que rebaixa automaticamente o espelho do lado direito durante manobras à ré); rádio com sistema de áudio via Bluetooth (o mesmo de Uno e Toro Freedom); faróis de neblina; console de teto com porta-óculos e espelho convexo para "vigiar" as crianças no banco traseiro; e rodas de liga leve.
Além disso, ambas as versões contam com apliques plásticos nos para-choques, paralamas e nas caixas de rodas, barras longitudinais de teto, suspensões elevadas e pneus de perfil mais alto que os convencionais.
Graças aos penduricalhos espalhados pela carroceria, o Mobi Way ficou 1,5 cm mais alto e 5 cm mais largo (sem contar os retrovisores) que o Like.
Com tal pacote, a Fiat espera, já em junho, elevar dos atuais 2.400 carros vendidos por mês para pelo menos 4.000 o total mensal de emplacamentos.
Como anda
UOL Carros teve oportunidade de rodar com o Mobi Way On por cerca de 100 quilômetros entre rodovias e alguns trechos de terra do interior de São Paulo. O resultado? Nada diferente daquilo que vimos no teste do Mobi Like On.
Há um destaque positivo extra: com as modificações feitas no conjunto de suspensões -- novos amortecedores e molas, inclusão de barra estabilizadora e coxim hidráulico (componentes inexistentes na traseira das versões civis) --, o Mobi Way se mostra mais firme que o Like, a ponto de encarar até trilhas de barro.
Valente como já é o Uno. o pequenino vai bem nas inúmeras imperfeições da malha rodoviária brasileira, mas não queira abusar nas curvas: rolamento da carroceria continua excessivo para um modelo desse porte.
De resto, estamos falando das mesmas limitações de qualquer outra versão: acabamento simples, espaço demasiadamente apertado, ruídos que invadem a cabine a toda hora e um motor -- 1.0 Fire flex, de 4 cilindros e 73/75 cv (gasolina/etanol) a altos 6.250 rpm -- que precisa "berrar" a mais de 3 mil giros, em quarta ou quinta marcha, para acompanhar o ritmo dos demais carros em velocidades nromais de uma rodovia.
Consumo médio ficou na casa de 10 km/l, segundo o computador de bordo.
E a "central-celular"?
No lançamento, a Fiat também prometeu oferecer, a partir deste mês, o pacote Live On, que transforma o celular do motorista em central multimídia: você baixa um aplicativo, usa a conexão Bluetooth, encaixa o smartphone no painel e pode acessar estações AM/FM, lista de músicas no Spotify, informações de clima e horário, dicas de condução econômica e até Waze.
Os comandos são feitos no celular ou pelo volante, que ganha teclas e botões multifuncionais especialmente para isso. O item existirá na gama apenas como opcional, mas virá com atraso: a nova previsão é de que esteja pronto no fim de julho, com boas chances de ir para o mercado só em agosto.
"Tivemos problemas de ajustes para celulares Apple e precisamos de mais tempo do que o esperado para encontrar a solução", justificou Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto da marca.
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