Novo VW Gol respira com versões mais equipadas; saiba como anda
A Volkswagen escolheu três pilares para construir o Novo Gol, modelo que chega às lojas como linha 2017: design, motor e conectividade. Com as atualizações, a montadora espera fazer o carro recuperar o sucesso de outros tempos e e vê-lo figurar novamente entre os modelos mais vendidos do Brasil. Será o bastante? UOL Carros avaliou a configuração Comfortline com motor 1.0 (3-cilindros), intermediária e que parte de R$ 42.690, para responder.
A primeira "fundação" é sutil: novos faróis, para-choques e grade dianteiros; vincos laterais mais acentuados e traseira mais achatada, que traz lanternas maiores com efeitos 3D (esquisitas). Tudo muito leve e que o deixa ainda mais parecido com o Polo europeu -- sem jamais ser. As novidades foram antecipadas por UOL Carros em abril de 2015.
Motor eficiente
O segundo passo foi trocar o antigo motor EA111 1.0 de quatro cilindros pelo moderno EA211 1.0 de três cilindros utilizado pelo up! e pelo Fox. São 82 cv com etanol (6 cv a mais que o propulsor aposentado e ganho de eficiência energética de 11%). Apesar da novidade, as versões mais caras continuam utilizando o antiquado motor 1.6 de 8V e 104 cv. Por que não adotar de vez o 1.6 MSI, de 120 cv?
É importante destacar, porém: ruídos e vibrações internas aumentaram e às vezes incomodam os passageiros menos acostumados. Isso é normal em carros equipados com motor de três cilindros, mas poderia ser um efeito colateral suavizado com o uso de revestimento acústico de qualidade.
Ligado
Tornar o Gol um carro conectado foi outra base de construção do carro, a principal, até, já que os jovens compradores (base desse mercado) pedem cada vez mais recursos de interatividade. Até por conta disso, a Volks diz que começou a desenhar o novo modelo de dentro para fora.
Há um painel totalmente renovado, mais horizontal e bem-acabado, ainda que com plástico duro. Elementos vindos do Golf e depois adotados pelo Fox estão presentes. Isso, claro, é perceptível nas versões intermediária e topo de gama. Na base, o Gol segue sem ter sequer ajuste de altura ou profundidade no volante, que também só tem direção hidráulica disponível (rivais já partem para a assistência elétrica).
Na versão Comfortline, vemos novo quadro de instrumentos e quatro opções de sistema multimídia. Desde o Gol mais básico, equipado com o padrão de interatividade "Media", é possível fazer conexão via Bluetooth e se conectar via entrada auxiliar ou USB. Acima deste, há conjunto mais elaborado, chamado "Discover Media", como opcional: tem tela sensível ao toque colorida de 6,33 polegadas e até sensor de aproximação, capaz de reconhecer a mão do motorista e antecipar opções do sistema.
Mais gostoso de dirigir e conectado, este Gol mais equipado não deve mais nada ao líder Onix, por exemplo, que agora tem motor ultrapassado se comparado ao carro da Volks. Mas é pouco frente ao HB20, ainda que este seja mais caro em alguns pacotes. O volante emprestado do Golf é a cereja do bolo.
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