Espelhar celular sem trocar de carro custa R$ 1.600; CD e DVD morrem

Quem acompanha o noticiário do setor automotivo já sabe que a tendência é a popularização, cada vez maior, de carros que já saem de fábrica com sistemas multimídia que conversam com o celular e reproduzem todo o conteúdo na tela central.

Versões de topo de modelos como Nissan March e Renault Sandero Stepway já liberam acesso a aplicativos e até redes sociais. O Ford Ka manda SMS para o Samu sozinho, de forma automática, em caso de acidente -- se estiver ligado por Bluetooth ao celular do motorista. Honda HR-V, Volkswagen Fox, Toyota Etios e JAC T6 vão além e espelham o smartphone do usuário no painel do veículo -- no SUV chinês dá até para usar o Waze... ou o Facebook.

Dias ruins para quem vende sistemas de som no varejo, certo? Nada: estas marcas acreditam que podem aumentar vendas apostando em clientes que não querem trocar o carro da garagem por um modelo novo de cerca de R$ 60 mil (pelo menos) para acessar a internet sobre rodas. A Pósitron, por exemplo, tem metas ambiciosas com seus novos modelos.

"Temos um amplo mercado a explorar na área de atualização tecnológica, que contempla quem não tem um automóvel com Bluetooth, MirrorLink, entre outras facilidades, e quer passar a ter", explica Nelson Godoy, gerente de varejo da empresa.

Todos os produtos da marca, desde o rádio mais simples, de R$ 189, passarão a contar com conexão Bluetooth para uso de telefone e execução de áudio, além de entradas USB e auxiliar. A partir de R$ 459, surgem tela colorida de três polegadas e leitor de DVD; por R$ 799, o tamanho da tela cresce para sete polegadas.

Já por R$ 1.599, é possível levar o pacote completinho, com tela tátil, navegador GPS, TV digital, MirrorLink e compatibilidade com os novíssimos sistemas CarPlay (Apple) e Android Auto (Google). Muito menos do que o que é preciso gastar para adquirir um Novo Fox, HR-V ou T6.

Tchau, disco

Ainda este ano, a companhia promete lançar outros dois modelos, que dispensam leitores de CD e DVD. É o mesmo movimento prometido por algumas montadoras, que prometem aposentar o uso de mídias físicas em breve.

"A demanda crescente é pelo acesso a conteúdos que estão gravados no próprio celular", prevê o executivo da Pósitron.