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Renault Clio é rebaixado e volta a "zerar" em segurança no Latin NCAP

Do UOL, em São Paulo (SP)

24/06/2015 12h12Atualizada em 24/06/2015 18h44

O Latin NCAP (Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina e Caribe) rebaixou, nesta quarta-feira (24), a classificação de segurança do hatch compacto Renault Clio de três estrelas para zero em toda a América Latina, Brasil inclusive. Com o resultado, o modelo volta a ter a classificação do teste original de 2013 -- em 2014, o modelo passou por novo teste e recebeu três estrelas ao incluir airbags de série por obrigação da lei brasileira. 

Agora, o rebaixamento válido para a proteção de adultos veio após a constatação de que o modelo está sendo construído e vendido na Colômbia sem airbags disponíveis -- o dispositivo de segurança não está na lista do carro colombiano nem como opcional. Apesar de o modelo vendido no Brasil contar com airbags, o rebaixamento também é válido por aqui e será mantido até que a Renault inclua as bolsas de ar na produção do carro colombiano.

De acordo com o Latin NCAP, a empresa se comprometeu a incluir o equipamento para motorista e passageiro até fevereiro de 2016. Ainda assim, a entidade classificou a ação da marca francesa como "decepcionante".

"O Latin NCAP age de forma certa ao tomar essa decisão sem precedentes, tirando a pontuação da Renault pelo Clio. É muito decepcionante que um fabricante mundial, como a Renault, quebre seu compromisso de melhorar a segurança veicular na América Latina", dclarou David Ward, secretário geral do Global NCAP.

"Em outros mercados, atingiram as cinco estrelas para seus modelos. Por que não cumpriram sua promessa quanto à segurança dos consumidores da América Latina?", questionou outro executivo do Latin NCAP, o secretário geral Alejandro Furas.

Em contato com UOL Carros, a assessoria da Renault do Brasil afirmou que "não há alteração no Clio  vendido no Brasil. O modelo continua sendo produzido na Argentina e traz de série airbags frontais e freios ABS, cumprindo as exigências do mercado e da legislação brasileira".