Kwid aposenta Clio e encerra ciclo francês da Renault no Brasil
A presença do simpático conceito Kwid no Salão de São Paulo 2014 não foi à toa. Na noite da última quarta-feira (21), a Renault lançou em Chennai (Índia) a versão de produção do crossover, que começa a ser vendido naquele país, onde o projeto foi desenvolvido, a partir do segundo semestre.
O modelo tem muita importância para o Brasil, porque será ele o substituto do Clio vendido atualmente aqui. A chegada ao país se dará mesmo no primeiro semestre de 2016, com fabricação em São José dos Pinhais (PR). Embora ainda não esteja certo, é provável a manutenção do nome "Kwid" para comercialização no mercado nacional.
O motor será o 1.0 3-cilindros já usado pela parceira Nissan no March e no Versa, porém recalibrado. Ele estará sempre acoplado a câmbio manual de cinco velocidades
Todo o projeto se encaixa nos planos já antecipados por UOL Carros: a plataforma usa o processo modular de produção da aliança Renault-Nissan chamado CMF, que estreou nos novos Nissan Qashqai e X-trail e Renault Espace (na Europa), além do conceitual Datsun Redi-Go (marca de baixo custo do grupo).
Esta nova maneira de fazer carros de diferentes categorias estará presente em mais de dez países onde o grupo tem fábricas até 2020, reduzindo os custos de produção em até 40%. É o que a Renault precisa para cumprir a promessa de deixar as versões básicas abaixo de R$ 30 mil.
Au revoir
Com a produção local do Kwid, um projeto indiano, a Renault do Brasil se afasta cada vez mais dos produtos desenvolvidos pela matriz francesa. Sandero, Logan e Duster, os atuais carros-chefe da marca no país, são da romena Dacia; já o sedã Fluence tem projeto turco e é feito na Argentina. Captur e Mégane RS, antigas promessas para o Brasil, acabaram limados em detrimento da picape Duster Oroch (de concepção local sobre a base romena do Duster) e do esportivo Sandero RS (idem).
A tática é clara: reduzir custos para ter valores competitivos e fugir das intempéries do câmbio, para enfim incomodar de verdade as quatro grandes montadoras (Fiat, Ford, GM e Volkswagen) que dominam o mercado nacional há décadas.
Do conceito nada sobrou
Quem olha para o Kwid conceitual e depois para a versão definitiva dificilmente vai acreditar que um foi mesmo gerado a partir do outro. Enquanto o protótipo tinha identidade própria, soluções estéticas arrojadas e agregava até um drone para mostrar ao motorista imagens do trânsito, o Kwid de rua tem traços bem mais simples, típicos da Dacia, o que não significa que não seja bem-resolvido.
A frente carrega o estilo espartano do Duster na grade e faróis integrados. Há traços do Sandero no conjunto óptico e para-choque. Já a traseira tem linhas mais harmoniosas, arredondadas. Espera-se que o Kwid feito no Brasil sofra pequenas alterações visuais para se adaptar às demandas do consumidor local.
Com 3,68 metros de comprimento e 1,58 m de largura, o crossover é bastante pequeno e terá proposta estritamente urbana. Como comparação, o Clio atual mede 3,81 m e 1,64 m, respectivamente, enquanto o Sandero tem 4,06 m e 1,73 m.
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