Renault quer crescer com Sandero 2.0, substituto do Clio e picape
Faz tempo que a Renault traça planos para tentar romper a hegemonia das quatro grandes montadoras no Brasil (Fiat, Ford, GM e Volkswagen), mas não consegue de fato concluir o objetivo. Para crescer além de 7% -- sua atual fatia no mercado nacional -- e sair do "quase", a fabricante francesa precisa diversificar sua linha, algo que o presidente da marca no país, Olivier Murguet, garantiu que irá acontecer nos próximos meses.
UOL Carros destrinchou os planos de curto e médio prazo, e deles constam algumas surpresas. A primeira delas: esqueça o esportivo Mégane RS, tantas vezes anunciado e adiado. A solução virá no segundo semestre deste ano e será caseira. Trata-se do Sandero RS, versão do compacto equipada com o motor Hi-Power 2.0 flex de 143/148 cv e 20,2/20,9 kgfm (gasolina/etanol). É o mesmo motor usado, por exemplo, no Duster 2016 e, como no SUV, será gerenciado por câmbio manual de seis marchas. Segundo fontes, carroceria e suspensões estão sendo retrabalhadas pela divisão Renault Sports, para suportar o trem-de-força maior e mais forte.
Não espere que a versão apimentada do Sandero surja nas lojas por menos de R$ 50 mil, patamar inicial da versão Stepway. Espere algo perto dos R$ 60 mil.
Um novo segmento
Ainda em 2015, chega a versão de produção da Duster Oroch. A picape compacta-média mostrada no Salão de São Paulo 2014 usa a mesma plataforma do SUV. A expectativa é alta: inaugurar um segmento inexistente no Brasil e alcançar vendas entre 40 e 50 mil unidades/ano. Ainda não há pistas sobre a faixa de preço, que deve ficar abaixo do patamar de Chevrolet S10 e companhia.
3-cilindros
No primeiro semestre de 2016, a aposta é no segmento dos subcompactos. O objetivo é substituir o Clio. O nome deve mudar por conta do cansaço local provocado pela defasagem e pela total falta de relação com o Clio europeu, cada vez mais moderno em sua quarta geração.
A base do novo modelo tende a ser a do Datsun Redi-Go, protótipo de uma das divisões de baixo custo da marca, criado na Ásia e mostrado no Salão de Nova Déli 2014. Nele estreará, também, o motor 1.0 3-cilindros para a gama Renault. Sem novidades, será o mesmo usado nos primos Nissan March e Versa.
A meta do novo pequeno Renault é bem clara: tem de custar até R$ 30 mil, para não canibalizar o Sandero. A produção será em São José dos Pinhais (PR). "Com a instabilidade do mercado argentino, só é possível trabalhar com essa faixa de preço e bom volume de vendas se a fabricação for local", disse uma das fontes a UOL Carros.
Tchau, Captur! Oi, Kadjar
Por fim, o Captur, jipinho urbano já flagrado em testes por aqui, está definitivamente descartado. Por não fazer sentido trazer um crossover menor e (muito) mais caro que o Duster, a Renault local mira agora no Kadjar, utilitário de sete lugares apresentado recentemente no Salão de Genebra. Como também não compensa trazê-lo da Europa, a ideia é fabricá-lo na América do Sul -- muito provavelmente na Argentina. Prazo: final de 2016, por não menos de R$ 90 mil.
Isso, claro, se nenhuma nova reviravolta ocorrer. Promessas a Renault já fez várias. Para se estabelecer como grande de vez, será preciso torná-las realidade.
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