Com preço ainda inviável, laser será o futuro dos faróis dos carros
Quem já dirigiu um carro dos anos 1960, de noite, sabe quão cansativa era a viagem. Os faróis, além de iluminarem uma distância relativamente curta, apresentavam grande difusão lateral e o facho alto ofuscava com facilidade o motorista no sentido contrário.
Se a estrada tinha um pouco mais de tráfego, nem mesmo a luz alta podia se usar. Lâmpadas halógenas melhoraram um pouco a visibilidade noturna, mas somente na última década do século 20 é que os faróis de xenônio realmente representaram um salto qualitativo, com mais potência luminosa e regulagem de altura automática no facho baixo.
Já neste século os blocos de LED (diodos emissores de luz) começaram em lanternas e sinalizadores de direção, evoluíram para a iluminação diurna e, finalmente, chegaram aos faróis. Sua luz branca, com temperatura que se aproxima à da luz do dia, o que garante conforto aos olhos, um facho focado quase exclusivamente na estrada e alcance 50% maior que lâmpadas de xenônio. Além disso, controles eletrônicos eliminam possibilidade de ofuscamento.
Alguns modelos atuais utilizam faróis baixos convencionais e altos com LEDs (por razão de preço). A diferença de iluminação é tão grande que o motorista até poderia pensar em problemas no circuito elétrico. Para se ter ideia, enquanto um farol de xenônio tem custo até quatro vezes superior a um convencional, a nova tecnologia alcança preço 12 a 15 vezes superior. Como sempre, os modelos de topo de gama ficam com a primazia.
FUTURO
Mal refeito da surpresa de viajar à noite com tranquilidade e tempo de reação adicional por enxergar mais longe, eis que o primeiro carro com faróis totalmente a laser começa a ser vendido no início de 2015: o híbrido (plugável em tomada) e esportivo BMW i8. A Audi desenvolveu o sistema inicialmente no R8 LMX e começa a oferecê-lo para seus modelos mais caros, também como opcional.
O alcance do facho de um farol a laser pode chegar a inimagináveis 600 metros -- a diferença de quase o dobro da distância em relação aos faróis de LEDs aparece claramente na foto ilustrativa. Os diodos de laser encapsulados em um sistema óptico são diminutos em comparação a uma célula de LED, o que aumenta o espaço e permite maior liberdade no estilo frontal dos automóveis. Sua potência luminosa é cerca de 70% maior, porém o consumo de energia atinge menos da metade do conjunto de LEDS, por si só já muito baixo. Isso significa menor gasto de combustível, hoje fundamental, e inclusive uma melhora na autonomia de veículos híbridos e puramente elétricos.
Um cone de luz tão estreito e concentrado aumenta bastante a segurança em estradas com muitas retas. No entanto, essa tecnologia consegue adaptação automática tanto à velocidade quanto ao tipo de estrada. O brilho intenso facilita a identificação de qualquer obstáculo na pista, seja objeto, buraco, animal, pedestre ou ciclista. Embora se espere diminuição de preço com o aumento de produção, dentro de alguns anos, o fato é que, por enquanto, o sistema a laser é caro, muito mais que os LEDs.
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