Ford contrata engenheiro de iPhone para fazer Fusion andar sozinho

A Ford estava atrasada, assim como boa parte das marcas americanas, mas decidiu investir pesado para ter veículos que se deslocam sem depender da ação do humana. Na última semana, a fabricante inaugurou um centro de pesquisa e desenvolvimento no Vale do Silício, região dos Estados Unidos que concentra grandes empresas e instituições de ensino especializadas em tecnologia e ciência. O foco será o desenvolvimento da versão autônoma do sedã Fusion Hybrid.
Situado dentro do polo de pesquisas da Universidade de Stanford, na cidade de Palo Alto (Califórnia), o centro contará com 125 pesquisadores, e será chefiado por Dragos Maciuca, engenheiro com vasta experiência em automóveis, aeronáutica e eletrônicos de consumo. Antes da Ford, o romeno trabalhou por dois anos na Apple, onde atuou no desenvolvimento de produtos como o iPhone. No fim dos anos 90 e começo dos 2000, foi funcionário de Nissan e BMW.
Segundo a Ford, a tecnologia de direção autônoma começará a se sedimentar no mercado automotivo a partir de 2025. Concorrentes como Volvo e Mercedes-Benz, porém, estão à frente: a primeira projeta colocar unidades nas mãos de clientes até 2017, enquanto a segunda prevê modelos que andam sozinhos nas ruas até 2020.
DESENVOLVIMENTO
Este será o terceiro espaço da Ford reservado especificamente à área de P&D -- os outros dois ficam em Dearborn (Michigan), também nos EUA, e Colônia (Alemanha). O local não foi escolhido à toa: o projeto terá participação de professores e alunos da própria Universidade de Stanford, e também do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetts).
Além da Ford, Nissan, Volkswagen, Hyundai e Tesla (marca americana que produz apenas carros elétricos) são outras companhias do setor automotivo instaladas no Vale do Silício.
O FUSION AUTÔNOMO
Mostrado pela primeira vez em dezembro de 2013, o conceito autônomo do Fusion Hybrid aproveita a base da versão híbrida, já à venda no Brasil. Ele funciona com quatro sensores infravermelhos, além de radares, todos capazes de esquadrinhar o ambiente em volta do veículo em frequência de até 2,5 milhões de vezes por segundo, criando um mapa tridimensional com raio de 60 metros. É um sistema similar, ainda, ao do Carina, projeto brasileiro da USP de São Carlos (SP).
A principal dificuldade da Ford, segundo executivos da fabricante, é fazer com que os sensores "prevejam" as ações de outros veículos e de pedestres, tal qual um motorista humano, julgando assim qual a melhor manobra a ser feita em determinadas situações. "Nosso objetivo é dotar o carro de senso comum", explicou à época o gerente global de tecnologias de segurança da marca, Greg Stevens.
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